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SELEÇÃO OLÍMPICA

De virada, seleção olímpica perde por 3 a 2 para Japão na Arena de Pernambuco

Seleção olímpica saiu na frente, de pênalti, mas sofreu a virada, com três gols de fora da área e ainda diminuiu para 3 a 2 em mais um pênalti

postado em 14/10/2019 17:55 / atualizado em 14/10/2019 21:50

<i>(Foto: Paulo Paiva/DP Foto)</i>
Como esperado, a seleção brasileira sub-23 teve um desafio bem mais difícil no segundo e último amistoso no Estado. Após golear a Venezuela por 4 a 1, na última quinta-feira, nos Aflitos, o time verde amarelo acabou derrotado pelo Japão por 3 a 2, nesta segunda-feira, em uma Arena de Pernambuco, que recebeu um bom público. Quase oito mil torcedores. A maior parte formado por crianças e jovens, alguns oriundos de caravanas. A partida também foi uma reedição da final do último Torneio de Toulon, vencida pelos brasileiros, nos pênaltis.

Agora, o técnico André Jardine, que perdeu pela primeira vez à frente da seleção, terá pouco mais de dois meses para encerrar a preparação visando o Pré-olímpico da Colômbia, marcado para janeiro. A competição classifica dois países de forma direta para os Jogos de Tóquio, além do terceiro colocado para uma repescagem.

O jogo

Visando manter o entrosamento da equipe, o técnico André Jardine fez apenas duas mudanças com relação ao time que começou o amistoso contra a Venezuela, com o retorno do zagueiro Lyanco e o goleiro Cleiton assumindo o posto de Ivan. Porém, o que se viu foi uma seleção com mais posse de bola, mas errando muitos passes, tanto na defesa, quanto o ataque. Principalmente com o zagueiro Ibañez. 

Mesmo assim, pressionando a saída de bola da equipe japonesa, o Brasil começou melhor a partida. Logo aos dois minutos, o goleiro Osako foi pressionado e chutou em cima de Matheus Cunha, com a bola quase entrando no gol. Na sequência, Pedrinho não conseguiu dar o passe para Matheus Cunha. 

Com o Japão tendo dificuldades para sair jogando, o Brasil não demorou a abrir o placar. Aos 14 minutos, Watanabe dividiu a bola com o pé alto derrubando Matheus Cunha dentro da área. Na cobrança, o atacante paraibano, que atua no Leipzig, da Alemanha, não deu chance ao goleiro Osako, fazendo a festa das muitas crianças presentes à Arena.

Porém, apesar do gol, o Brasil seguiu tendo dificuldade na criação ofensiva, com o trio Pedrinho; Antony e Paulinho sem brilho. Mesmo assim, aos 23, Pedrinho perdeu ótima chance de ampliar, após rebote de Osako. Com o passar do tempo, o Japão, bem posicionamento taticamente, cresceu na partida. E chegou ao empate pouco depois com Tanaka em chute de fora da área que desviou no volante Douglas Luiz.

Segundo tempo

Na volta para a etapa final, as duas seleções mantiveram as mesmas formações. E como no primeiro tempo, o Brasil procurou tomar a iniciativa do jogo. Logo aos cinco minutos, Paulinho, duas vezes de frente para a meta japonesa, errou. O castigo, dessa vez, foi imediato. E da mesma forma.

No minuto seguinte, Tanaka  arriscou outro chute de fora da área. A bola desviou dessa vez em Lyanco e novamente morreu dentro do fundo do gol brasileiro. Virada do Japão e a senha para a torcida começar a pedir a entrada do atacante Rodrygo, do Real Madrid.

Pedido prontamente atendido por André Jardine que colocou o ex-jogador do Santos na vaga de Antony, aos 12 minutos. Destaque do amistoso contra a Venezuela, com dois gols, o atacante do São Paulo dessa vez teve uma atuação apagada. 

A mudança, de fato, deu vida nova ao ataque do Brasil, que passou a ter mais velocidade na troca de passes, algo necessário para romper as duas linhas defensivas. Porém, para piorar o cenário, em uma descida isolada ao ataque, o Japão marcou o terceiro, em novo chute de fora da área. Dessa vez uma bomba de Nakayama, sem defesa para Cleiton.

Após o terceiro gol japonês, André Jardine fez várias mudanças na seleção, afetando o jogo coletivo do Brasil. Com isso, a pressão veio na base do abafa (dando várias chances de contra-ataques ao Japão). Aos 35, o árbitro uruguaio Andres Mantonte marcou outro pênalti para a Canarinha. Pedro, ex-Fluminense e atualmente na Fiorentina, converteu.

Com o Japão ficando com um jogador a menos logo em seguida, com a expulsão do zagueiro Machida por entrada violenta em Bruno Tabata, os minutos finais foram de pressão da seleção brasileira. Mas o empate não veio. Mesmo assim, no final, aplausos. Para brasileiros e japoneses.

Ficha do jogo

Brasil 2
Cleiton; Emerson, Lyanco, Ibañez (Bruno Fuchs) e Caio Henrique (Felipe Jonatan); Douglas Luiz, Wendel (Bruno Guimarães) e Pedrinho (Bruno Tabata); Antony (Rodrygo) Matheus Cunha e Paulinho (Pedro). Técnico: André Jardine.

Japão 3
Osako; Tatsuta, Machida e Watanabe; Nakayama, Sugioka, Tanaka, Myoshi (Sugawara), Mashino e Hashioka; Ogawa.Técnico: Akinobu Yokouchi.

Local: Arena de Pernambuco.
Árbitro: Andres Mantonte (Uruguai)
Assistentes: Horácio Ferreiro e Carlos Barreiro (ambos do Uruguai).
Gols: Matheus Cunha, aos 14 min do 1º, Tanaka, aos 27 min do 1º e aos 6 min do 2º e Nakayama, aos 22 min do 2º,  Pedro, aos 36 min do 2º 
Cartões amarelos: Nakayama, Osako (J), Ibañez, Bruno Fuchs (B)
Expulsão: Machida (J)
Público: 7.911
Renda: R$ 92.445