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CBF questiona FPF acerca da PM no jogo do Náutico e federação se reúne com governo de PE

Duelo do Timbu ante Juventude teve baixo efetivo policial e, questionado por várias entidades, Evandro Carvalho agendou reuniões em Recife e no Rio

postado em 23/09/2019 13:45 / atualizado em 23/09/2019 14:00

<i>(Foto: Léo Lemos/ CNC)</i>
Como esperado, o baixo efetivo da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) na vitória por 2 a 1 do Náutico sobre o Juventude no último domingo segue dando o que falar. Após as críticas feitas pelo vice-presidente do Timbu, Diógenes Braga, ainda na noite de ontem, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, revelou questionamentos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e outras entidades acerca do ocorrido.

Por conta disso, marcou uma reunião para esta tarde com a vice-governadora do estado, Luciana Santos, uma vez que Paulo Câmara está fora do país.

“Hoje pela manhã, a Comissão Nacional de Arbitragem, a CBF, todo mundo já me ligou. O Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, está todo mundo atônito sem entender o que houve”, disse. “A justiça, eu soube hoje pela manhã, abriu um inquérito, processo. Já soube de um movimento do tribunal”.

Apesar da preocupação, Evandro interpreta o caso como algo ‘isolado’ e tem marcada também uma viagem à CBF nesta terça-feira onde espera ‘acalmar as coisas’.

“Estamos agindo. Estou indo ao Palácio (do Campo das Princesas, sede do governo) agora, irei amanhã até a CBF para acalmar as coisas, para dizer que, presumo, esteja tudo em ordem, que foi um fato isolado, que voltaremos ao normal a partir de hoje. Entender com o governo para a gente regularizar o estado de direito”, comentou o mandatário. 

“A Polícia Militar sempre atuou corretamente em todos os estados do Brasil. E ninguém está entendendo o que aconteceu, que caos foi esse, tragédia foi essa que a PM não pode mais trabalhar ou não tem mais homem. Precisamos entender o que está havendo”. 

Uma possibilidade, ainda que remota, em caso do pouco contingente policial voltar a acontecer, seriam os jogos dos times de Pernambuco saírem do estado, explica o presidente. 

“Qualquer jogo de futebol que não tiver policiamento vai sair do estado. Aquilo ontem foi uma exceção, algo inusitado, impensável. E há um risco muito grande se o estado de Pernambuco não tiver policiamento, todos os jogos vão sair do estado, não é só o do Náutico”, concluiu Evandro.

Entenda o caso 

Na última quinta-feira, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) havia adiado o confronto por conta do show de Bon Jovi, marcado para o estádio do Arruda, na mesma data do jogo do Náutico. 
Ontem, procurado pela reportagem do Superesportes, a PM se pronunciou por meio de nota afirmando que foi informada acerca da mudança de data apenas na sexta-feira, sendo
“necessário rever toda uma estrutura que estava definida para escala do efetivo” e que realizou “o patrulhamento externo do estádio, com viaturas, motos e policiamento a pé”.