O Ministério do Turismo divulgou nesta segunda-feira um estudo sobre o impacto econômico da Copa das Confederações no país. O resultado avaliou a movimentação financeira no período, o reflexo no PIB e na geração de empregos. De acordo com a pesquisa, realizada por meio da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), Belo Horizonte foi a segunda cidade com a maior movimentação financeira entre as seis sedes (R$ 3,87 bilhões), o que significou R$1,7 bilhão de acréscimo ao PIB da capital. O Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar ao movimentar R$ 6 bilhões.
O estudo analisa os impactos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na economia. Como base para o cálculo, utilizou-se a soma dos investimentos públicos e privados em infraestrutura (R$ 9,1 bilhões), dos gastos dos turistas nacionais (R$ 346 milhões) e estrangeiros (R$ 102 milhões) e dos investimentos do Comitê Organizador Local (COL) no evento (R$ 311 milhões). Desses valores, obteve-se o efeito multiplicador na cadeia produtiva.
A capital mineira aparece novamente em destaque na geração de empregos por cidades-sede. De 303 mil vagas geradas no país, 55.878 são de Belo Horizonte. O Ministério do Turismo explica que este dado considera o conceito “equivalente-homem-ano”, ou seja, não significa que a mesma quantidade de novos empregos foi necessariamente criada. Parte dessa demanda por novos empregados pode ter sido suprida por horas extras, ou simplesmente, com o melhor aproveitamento dos empregados atuais. Desse total, 60% estão nas cidades-sede e 40% no restante do país.
Na Copa das Confederações, o Mineirão foi palco de três jogos, sendo dois da fase de grupos e a vitória brasileira sobre o Uruguai por 2 a 1 na semifinal. De acordo com o estudo, cerca de 37 mil turistas brasileiros e 5.973 turistas estrangeiros passaram pela capital durante o evento.
Para a pesquisa, foram ouvidas 17 mil pessoas e analisados os gastos e investimentos para a realização do evento. Os investimentos feitos até a Copa das Confederações representam 77% do total previsto para as seis sedes do torneio de 2013 e 36% do total projetado para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Os dados são baseados na versão de abril de 2013 da Matriz de Responsabilidades da Copa.