Nesta segunda-feira, Dunga respondeu, depois de uma reunião com o jogador. "Na seleção ninguém perde nada. Ninguém é dono de nada. A seleção é da seleção", disse. "Aqui, tem de conquistar minutos a minuto, treinamento a treinamento", alertou. "Estamos fazendo a aflorar vários lideres. A seleção não é apenas um líder", afirmou. "A decisão é do treinador", insistiu.
Dunga evitou dizer como foi a conversa com Thiago Silva. "São coisas internas. Já passou e temos de pensar na seleção e fazer um bom jogo. Ele já tinha trabalhado comigo. Sabe do posicionamento que tenho com todos", explicou.
O treinador ainda apontou que, para ele, "tudo está tranquilo". "Estamos trabalhando bem, com qualidade. Cada um tem seu direito de expressão", disse. "Vivemos numa democracia. Trabalho com profissionais, com homens, respeito dessa forma", disse.
Dunga também deixou claro que não aceita a mensagem de Thiago Silva de que o time precisa atuar numa mistura de jogadores experientes e mais jovens para que não fique uma "correria louca".
"Eu acho que é o ritmo que se está jogando no futebol moderno, pressão", disse. "Gosto e respeito a hierarquia. A forma da equipe é decidida pela comissão técnica. Sobre jovens ou não, todos pediram uma renovação e ela está aí. É bom ter jogadores experientes. Mas é bom os jovens com sangue novo, adrenalina", disse.
O treinador ainda completou: "Se você tem uma Ferrari, não adianta treinar como se fosse um kart". Nesta terça-feira, a seleção faz seu último jogo do ano, contra a Áustria em Viena, e vai iniciar a partida com o mesmo time que goleou a Turquia, com Thiago Silva no banco.