"A Copa América é uma competição e vamos colocar os jogadores que estavam em outras convocações", informou. Para Dunga, quem nunca jogou na Seleção vai ter de esperar a oportunidade para ser chamado no futuro, após o torneio que será disputado no Chile. Conforme o treinador, a história da Seleção Brasileira mostra que jogadores que nunca vestiram a camisa amarela, ou que jogaram "dois ou três jogos", "dificilmente dão certo em uma competição". "Uma competição não é hora de se fazer testes", afirmou.
Além dessa convicção, pesa na decisão de Dunga o nível da próxima Copa América. Com seleções como Argentina - vice-campeã do mundo -, Uruguai, Chile e Colômbia em alta, a expectativa é de um torneio difícil, do qual devem participar os jogadores que vêm atuando. "Vai ser uma das Copas América mais difíceis. O Chile vem crescendo muito nos dois últimos mundiais e fez um excelente mundial no Brasil", entende.
Dunga também parece preocupado em manter o bom retrospecto. Desde que voltou ao comando, substituindo Luiz Felipe Scolari, têm 100% de aproveitamento em sete jogos. Para ele, perder amistosos já é arriscado. Perder a primeira competição após o trauma do 7 a 1 para a Alemanha, ainda mais. "Todo mundo fala que amistoso não é importante. Não é importante até perder", argumentou. "Quando perde, vira importante."
Sobre o jogo contra o Chile neste domingo, o treinador não indicou a escalação do time, mantendo total mistério. "Em princípio vamos mudar um pouco", disse, justificando que a recuperação física dos atletas leva 72 horas, um intervalo maior do que o período entre o jogo contra a França, no Stade de France, na última quinta-feira, e o com o Chile, neste domingo.
Também no que diz respeito à escalação, Dunga deixa claro que já pensa no futuro após a atual excursão. "Já temos de começar a pensar na Copa América", argumentou. "Não podemos perder ninguém."