Mesmo porque o treinador entende que o Brasil fez um jogo bom e equilibrado contra os chilenos - é o mesmo pensamento de seus jogadores -, decidido nos detalhes e que a grande deficiência da seleção foi ter "tomado a decisão errada" nos vários momentos em que trocou a oportunidade de finalizar pela tentativa de dar um passe a mais.
Desta forma, contra os venezuelanos o sistema 4-2-3-1 continuará a ser utilizado, com os laterais subindo sempre que possível, às vezes até tentando auxiliar na armação das jogadas e os meias jogando pelos lados. Como o rival é um time fraco, o ímpeto ofensivo deve ser maior. Mas isso não significa que a exploração dos contra-ataques perdeu espaço com Dunga.
O treinador diz que falar de sistema tático é "muito bonito", mas que, durante uma partida, o esquema muda diversas vezes, dependendo das circunstâncias. Por fim, se valeu do trabalho feito pelo próprio Chile para reforçar seu ponto de vista. "O Chile vem jogando há 10 anos no mesmo sistema. Uma coisa interessante é o fato de o Chile ter levado muitos gols quando implementou esse sistema. Nem por isso o time trocou (de esquema), pois foi aprimorando", disse.
A maneira dos atuais campeões da Copa América jogarem foi implantada pelo argentino Marcelo Bielsa, adepto de um jogo intenso e ofensivo, mesmo que isso signifique riscos defensivos, e na essência mantida por Jorge Sampaoli.
Embora tenha dado indícios de que não pretende fazer mudanças não se pode descartar que Dunga dê uma chance a Lucas Lima no lugar de Oscar - que foi muito mal contra o Chile - na terça-feira. Seria uma troca de jogadores da mesma posição, embora com características diferentes. Troca mais "radical" seria a entrada de um atacante de área, Ricardo Oliveira, no lugar de Hulk, que se movimenta mais.