A Venezuela nunca foi tão respeitada pela Seleção Brasileira quanto nesta segunda rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Pressionado pela derrota por 2 a 0 para o Chile na estreia – que se somou ao fracasso na Copa América e à humilhação do Mundial passado –, o time de Dunga passou a adotar extrema cautela com o compromisso das 22 horas (de Brasília) desta terça-feira, no Castelão.
O treinador é comedido ao falar da Venezuela por experiência própria. A única derrota brasileira para a rival antes tida como frágil foi com ele no comando, em junho de 2008, em um amistoso: 2 a 0. Na Copa América deste ano, Dunga também sofreu para poder comemorar uma vitória por 2 a 1 diante dos venezuelanos.
Na maioria dos confrontos, no entanto, a Seleção Brasileira superou a Venezuela com facilidade. Foram 19 triunfos ao todo, a maioria deles por goleada. Hoje, no entanto, o meia Willian diz se satisfazer com uma vitória por apenas 1 a 0 nas Eliminatórias. “O que importa são os três pontos”, avisou.
Willian deverá ganhar uma nova companhia no meio-campo do Brasil contra a Venezuela. Nos últimos dias, Dunga testou a entrada de Lucas Lima no lugar de Oscar, também do inglês Chelsea, que foi muito mal diante do Chile. Outra provável novidade será o lateral esquerdo Filipe Luís como substituto de Marcelo. Já o zagueiro Marquinhos herdou a vaga do lesionado David Luiz.
Do lado de fora do gramado, a Seleção espera ganhar um reforço. Os atletas contam com a torcida nordestina, tradicionalmente mais paciente, para reverter as adversidades que possam vir a enfrentar no decorrer da partida. “Quem comparecer vai ver um time brigando desde o começo”, prometeu o volante Luiz Gustavo, para quem a determinação é a receita contra eventuais vaias.
Pela Venezuela, os sinais de desequilíbrio brasileiro se tornaram justamente a principal arma do técnico Noel Sanvicente, que vem de derrota por 1 a 0 para o Paraguai na primeira rodada. “Já viramos a página do jogo anterior. Enfrentaremos um grande rival, que todos conhecem, mas qualquer coisa pode acontecer no futebol, ainda mais quando se trabalha bem”, confiou.
Sem muitas opções, Sanvicente manterá a base utilizada diante dos paraguaios. A única alteração poderá ser o lateral-esquerdo Fernando Amorebieta, que dá sinais de estar recuperado de dores musculares na coxa esquerda, no posto de Gabriel Cíchero.
BRASIL X VENEZUELA
BRASIL: Jefferson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Willian, Lucas Lima e Douglas Costa; Hulk. Técnico: Dunga
VENEZUELA: Alain Baroja; Roberto Rosales, Oswaldo Vizcarrondo, Franklin Lucena e Fernando Amorebieta (Gabriel Cíchero); Jeffren Suárez, Tomás Rincón, Luis Seijas e César González; José Rondón e Juan Falcón. Técnico: Noel Sanvicente
Local: Estádio Castelão, em Fortaleza (CE)
Data: 13 de outubro de 2015, terça-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Darío Ubriaco (Uruguai)
Assistentes: Carlos Pastorino e Nicolás Taran (ambos do Uruguai)