Criada com o objetivo de investigar a "máfia do futebol", a CPI fechou nesta semana seu programa de ação para os próximos mesesA Comissão Parlamentar terá 120 dias para apurar denúncias e produzir um informePrestes a completar um ano, a crise na Fifa gerou poucas mudanças no futebol brasileiro e, salvo no caso de Marin, nenhum outro dirigente foi preso.
Um dos objetivos do grupo parlamentar é o de ir até os EUA para poder interrogar Marin, que cumpre prisão domiciliar enquanto aguarda seu julgamento por corrupção num tribunal de Nova YorkA missão ainda terá a meta de interrogar, em Miami, o empresário José Hawilla, epicentro das revelações usadas pelo FBI para indiciar 41 pessoas, entre eles Ricardo Teixeira e o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
Segundo um dos requerimentos aprovados, Hawilla será questionado sobre os contratos de transmissão assinados com a CBFO empresário também cumpre prisão domiciliar, depois de ter admitido que pagou por anos milhões em propinas aos cartolas brasileiros e sul-americanosNo caso de Marin, o objetivo é o de apurar sua atuação tanto como presidente da CBF como na gestão do Comitê Organizador da Copa de 2014.
A CPI do Senado, que teve início no segundo semestre de 2015, optou por não convocar Marin, justamente para evitar que o ex-cartola encontrasse um motivo para viajar ao Brasil e, assim, escapasse de um processo nos EUAAgora, a CPI da Câmara se propõe ir até a cidade americana onde Marin cumpre prisão domiciliar.
Mas os deputados também querem convidar outros atores do futebol para prestar depoimentoUm dos requerimentos aprovados na terça-feira aponta para o convite ao técnico da seleção, Dunga, para "colaborar com os esforços desta CPI para esclarecer aspectos relacionados a contratos de marketing, direitos de mídia, patrocínios e eventos envolvendo a CBF".
Outro na lista da CPI é Neymar da Silva Santos, pai do jogador NeymarSeu convite também será feito para "esclarecer" aspectos relacionados ao marketing e o papel desse segmentos na seleção brasileira.