Por mais que o Brasil possa se classificar às quartas de final da Copa América até mesmo com uma derrota, a situação de Tite não é confortável. A seleção não vem apresentando um bom futebol e foi vaiada nos dois jogos que disputou até aqui no torneio, no Morumbi e em Salvador. Antes do empate por 0 a 0 com a Venezuela na terça-feira, a última vez que a seleção tinha amargado um jogo inteiro sem marcar um único gol havia sido em novembro de 2017, em amistoso com a Inglaterra. Desde então, foram 45 gols em 21 partidas.
A aposta de Tite para aumentar o poder de fogo da seleção e avançar sem sobressaltos na Copa América deve ser Everton, que entrou bem nos jogos contra Bolívia e Venezuela. Diante dos bolivianos, por exemplo, ele ficou apenas dez minutos em campo, mas foi o suficiente para fazer um belo gol.
Everton foi o primeiro escolhido por Tite para a vaga de Neymar. No amistoso contra o Catar, depois que o craque se machucou, foi ele que o substituiu. Mas o atacante do Grêmio não jogou bem e, na partida seguinte, contra Honduras, o treinador escalou David Neres como titular em seu lugar. O ex-são-paulino soube aproveitar a oportunidade, marcou um gol no Beira-Rio, mas não vem fazendo uma boa Copa América e, por isso, pode perder o lugar na equipe para Everton.
Já com a possível troca de Richarlison por Gabriel Jesus tem como objetivo melhorar as finalizações de média e longa distância da seleção. O próprio Tite admite que o time precisa arriscar mais chutes e deu ênfase a esse tipo de jogada nos últimos treinos. “Se abrir, chuta”, foi a ordem. Jesus foi elogiado pela comissão técnica pela pontaria nos arremates de longe, enquanto Richarlison tem falhado justamente neste fundamento.
“É um grande jogador, já o enfrentei. Tem grande movimentação, aguda.