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SELEÇÃO BRASILEIRA

Ancelotti: elo com Brasil passa por carinho pela seleção e aval de elenco

Italiano falou poucas vezes sobre treinar a seleção brasileira, mas demonstrou admiração e carinho pela equipe

Guilherme Padin
Carlo Ancelotti treinou mais de 40 jogadores brasileiros na carreira - Foto: Iconsport

Constantemente perguntado sobre comandar a seleção brasileira desde a saída de Tite, o treinador Carlo Ancelottiapontado como o novo técnico da Amarelinha para o ano que vem, comentou poucas vezes de forma direta a respeito de assumir o posto.



De modo geral, o técnico italiano optou, nos últimos meses, por destacar que tem um contrato a cumprir com o Real Madrid. Porém, quando falou sobre treinar o Brasil, se mostrou seduzido com a possibilidade. 

– A realidade é que o fato da seleção brasileira me querer me encanta, me entusiasma. Mas temos que respeitar o que está feito, que é um contrato e eu quero cumprir – disse Ancelotti, no início de abril.

O italiano também afirmou que não conhecia o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, com quem até então não teve contato, segundo ele.
 
– Sei que ele quer falar comigo. Se vier, claro, ficaria encantado em cumprimentá-lo - completou.

Ancelotti é aprovado por jogadores da seleção


Durante as coletivas de imprensa no período de amistosos da Data Fifa, os jogadores do Brasil se mostraram animados com a possibilidade de Ancelotti treinar a seleção.



Rodrygo, com quem o italiano conquistou a Champions League de 2021-22 pelo Real Madrid, destacou a “mentalidade vencedora” do técnico.
 
 

– Ganhou tudo no futebol, em todas as ligas. Sabe trabalhar o vestiário. Estou convivendo com ele lá há três temporadas, então já sei. Acho que ele poderia agregar muito aqui. Onde chega, ele ganha. Pode trazer isso para a seleção, porque sabemos que a seleção tem sempre que vencer - disse Rodrygo.

Já Richarlison, que também trabalhou com Carletto, mas no Everton (ING), disse que se sentia confiante sob o comando do treinador.

– Se vier, vai ajudar muito. A gente vai brigar por todos os títulos. Lá no Everton me ajudou muito. Me sentia um fenômeno na mão dele, fazia gol sem parar. Me ajudou muito. Virei parceiro dele. Todo final de jogo ele me levava para casa no carro dele. Me sentia o filho dele. É um cara sensacional – afirmou o camisa 9 brasileiro.

Por fim, o goleiro Ederson, do Manchester City, foi mais um atleta a comentar a possibilidade durante a concentração do Brasil para os amistosos de junho e valorizou o técnico:
 
– Espero que possa vir, porque é muito vitorioso, pode agregar muito à seleção. Não sei o que o presidente decidiu, mas espero que seja o mais rápido possível para começar a iniciação do próximo projeto de Copa do Mundo.



Meses atrás, Vinicius Junior também encheu o treinador de elogios, e se disse dividido neste debate por tê-lo como comandante no Real.

– Pra mim é difícil falar sobre esse assunto, porque se eu o tiver na seleção, não o tenho no Real Madrid e, se o tenho no Real não o terei no Brasil. É o melhor treinador que já tive, tenho um carinho muito grande por ele e ele, por mim - afirmou Vini. 
 
 

Boa relação com brasileiros


Ao longo de quase três décadas de carreira, Ancelotti é conhecido por manter uma boa relação com os jogadores brasileiros. Mais de 40 atletas nascidos no Brasil foram comandados por ele.

Nomes como Ronaldo, Kaká, Dida, Cafu e Pato, no Milan, e Casemiro, Marcelo, Vini, Militão e Rodrygo, no Real, são alguns dos jogadores com quem o italiano construiu relacionamentos nos clubes em que trabalhou.



Em outros clubes, foi também o comandante de Thiago Silva (PSG), Alex (Chelsea), Belletti (Chelsea), David Luiz (Chelsea), Ramires (Chelsea), Rafinha (Bayern), Douglas Costa (Bayern), Allan (Napoli/Everton) e Richarlison (Everton), entre outros.

Além disso, foi ele quem treinou dois nomes importantíssimos no futebol nacional nos principais momentos de suas carreiras: Kaká, o último brasileiro a ganhar o título de Melhor do Mundo, que evoluiu sob o comando de Ancelotti e foi campeão da Champions em 2007, e de Vini Jr, o principal jogador do país em atividade.