“O início foi bem duro, mas quando se tem um tenista com tanto potencial e qualidade as coisas ficam mais fáceis. Foi necessário fazer com que a confiança regressasse, pois meus objetivos são trabalhar na evolução de suas armas e deixá-lo cômodo para que ele desempenhe as coisas que sabe fazer melhor”, disse Vallverdú, treinador de Dimitrov, em entrevista ao jornal AS.
A sequência do trabalho foi de outra forma, segundo o treinador, visando impactar ainda mais seu estilo de jogo. “Depois da primeira fase, começamos a incorporar alguns aspectos e simplificar seu estilo de jogo, visando trazer a confiança de volta. Com isso estabelecido, fomos para as armas principais que ele tinha e trabalhamos em cima delas (saque e direita). Depois trabalhamos sua capacidade física e sua velocidade em quadra”, comentou o técnico.
O foco também foi uma questão que teve de ser bem trabalhada com Dimitrov e afastar o tenista de questões extra-campo. “Ele teve de aprender quando mais jovem a entender o que era bom ou ruim para ele. Agora seu entorno está bem mais tranquilo e Grigor se deu conta de que para atingir o nível em que ele está hoje isso era essencial. Esse esporte te recompensa pelo trabalho que você faz. O ano que ele fez em 2017 é fruto do que trabalhamos exaustivamente”, apontou Vallverdú.
Tendo treinado Tomás Berdych e Andy Murray, o treinador venezuelano lembrou de outro ponto com o qual Dimitrov teve de trabalhar. Considerado o pupilo de Roger Federer e constantemente comparado com o suíço, o tenista de 26 anos contou com a maturidade para superar essa questão. “Quando mais jovem é um tema mais difícil de entender. Eles são diferentes em todos os sentidos e o Grigor aprendeu isso com o passar do tempo e entende bem essa questão”, afirmou.