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Chance do Rio Open se tornar Master 1000 diminui após fala de presidente da ATP

Dirigente admite preocupação com número de lesões dos atletas no ano

Gazeta Press
O Brasil terá dificuldades para sediar pela primeira vez um torneio Master 1000 - Foto: Marcello Zambrana/DGW Comunicação
As chances do Rio Open se tornar Master 1000 não são boas. Isso porque Chris Kermode, presidente da ATP, concedeu uma entrevista ao canal Sky Sports e afirmou que não pretende aumentar o número de torneios desse nivel, já que para ele o objetivo é evitar o máximo possível que os tenistas tenham lesões graves, como aconteceu no fim da temporada atual com a ausência de grandes nomes como Djokovic e Murray.

“Esta foi uma das temporadas mais atípicas que já tivemos. Apesar de o circuito como um todo ter reduzido o afastamento por contusões em 6%, vimos tenistas de alto nível contundidos. Algo estranho aconteceu”, falou o presidente ao lamentar o alto número de lesões na última temporada do tênis. Nomes como Novak Djokovic, Andy Murray, Stan Wawrinka, Milos Raonic e Kei Nishikori tiveram dificuldades físicas e quase não jogaram no segundo semestre de 2017.

“Estamos monitorando isso. Temos uma equipe checando os dados, vendo o que causa as contusões. Será que a nova geração não está bem educada para os problemas de quadril? Ou será a mudança de bolas e superfícies? Os jogadores dizem que a troca de quadra é o que mais causa problemas. Mas se padronizarmos tudo, haverá gente descontente com a falta de versatilidade”, destacou Chris Kermode.

Por fim, o presidente da ATP ressaltou que não pretende aumentar o número de torneios Master 1000, o que dificulta a chance do Rio Open, principal torneio da América do Sul, se tornar um campeonato desse nível.
“Estamos procurando rever tudo isso. Temos hoje 62 torneios que fazem um calendário compacto e intenso. Há enorme demanda por mais Masters, 500 ou 250. Temos no entanto de balancear o calendário pelo mundo. Há proposta para se criar um novo Masters, mas sou contra. Um torneio obrigatório causará mais exigência aos tenistas”.

O Brasil vive altos e baixos no tênis. Se nas duplas o brasil é muito bem representado por Marcelo Melo e Bruno Soares já que recentemente foram campeões de Grand Slam, o país fechou o ano sem nenhum brasileiro entre os 100 melhores tenistas de simples. No entanto, o objetivo ainda é que em poucos anos o Rio Open se torne um torneio de Master 1000, mesmo que a federação brasileira tenha que trocar o saibro pela quadra dura..