"Temos o Rogerinho, que é atual o número 1 do Brasil, o Bellucci, que é o melhor brasileiro depois do Guga, e vai estar voltando do doping. E o Thiago, que é o brasileiro com a melhor participação no Rio Open. Vamos pesar nestes três primeiros torneios da temporada quem merece o convite. Quem não entrar, vai jogar o qualifying", afirmou Lui.
Como em todo torneio de nível ATP, Lui tem três convites a serem distribuídos. Mas somente dois serão de sua escolha exclusiva. Um deles será decidido em parceria com a IMG, que detém os direitos do torneio em parceria com a IMM.
"Não temos nenhum brasileiro garantido no Rio Open. Temos três convites, sendo que um deles é da IMG, que dará a um dos seus destaques juvenis. Mas é sempre um tenista de ponta", revelou o diretor da maior competição de tênis da América do Sul. A única solução para a "dor de cabeça" do diretor é a entrada automática de Rogerinho.
Atual 100º do ranking, o brasileiro é o terceiro "alternate" da chave. Ou seja, precisa da desistência de três tenistas já garantidos na chave principal para entrar diretamente. Assim, os convites seriam concedidos para Bellucci e Monteiro.
Caso isso não aconteça, Lui terá que decidir entre os três tenistas. E já avisou que o doping revelado por Bellucci na semana passada não afetará a sua escolha. "Ele também merece o convite por tudo que fez no tênis pelo Brasil. Eu tenho uma história com o Thomaz de longa data e eu acredito na inocência dele."
Lui citou o problema crônico de desidratação do tenista para defender sua inocência no caso positivo de teste antidoping para a substância hidroclorotiazida, um diurético proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Bellucci foi punido pela Federação Internacional de Tênis (ITF) com suspensão de cinco meses, retroativa a setembro - poderá voltar a jogar em fevereiro.
"Ele tem um histórico de desidratação. Jamais tomaria alguma coisa e um diurético em cima para mascarar. Essa história, para mim, não procede. Não falei com ele depois do anúncio.
Lui avisou que não espera que o eventual convite a Bellucci não gere polêmica, como aconteceu com a russa Maria Sharapova no ano passado, quando ela voltou de suspensão e não recebeu o convite para jogar Roland Garros.
"O tenista, quando é pego no doping, é julgado e, a partir do momento em que ele sai da suspensão, tem que ser tratado como qualquer outro tenista. Ele já pagou o preço. Imagina o que o Bellucci deve ter sofrido nestes últimos meses? Eles não tem ficar pagando o preço mais para a frente", declarou.
O diretor do Rio Open revelou que um dos convites deve ser anunciado nas duas próximas semanas. Os demais vão vir a público após a disputa do qualifying da competição - o torneio de nível ATP 500 será disputado entre 19 e 25 de fevereiro, novamente no Jockey Club Brasileiro.
A lista completa foi divulgada nesta quarta. Quatro dos tenistas já eram conhecidos, sendo três deles integrantes do Top 10 do ranking: o austríaco Dominic Thiem (5º), o croata Marin Cilic (6º) e o espanhol Pablo Carreño Busta (10º). Além deles, a organização já havia confirmado o francês Gael Monfils.
Nesta quarta outros nomes de peso foram confirmados, caso do espanhol Fernando Verdasco, ex-Top 10 e atual 40º do mundo, o italiano Fabio Fognini (27º), o ucraniano Alexandr Dolgopolov (37º), o espanhol Albert Ramos-Viñolas (22º), o argentino Diego Schwartzman (26º) e o britânico Kyle Edmund (49º), considerado uma das promessas da nova geração..