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AMÉRICA

Presidente do América usa mudança no Atlético para rebater críticos que apontaram saída tardia de Adilson Batista

Marcus Salum lamenta críticas exclusivamente baseadas em resultados

postado em 12/11/2018 20:36 / atualizado em 12/11/2018 20:46

Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press
A derrota para o Paraná, por 1 a 0, no último sábado, fez o América atingir dez jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro. O time se manteve com 34 pontos, na 18ª posição. O risco de rebaixamento aumentou, e o presidente Marcus Salum decidiu trocar novamente o comando técnico. No cargo desde 24 de julho, Adilson Batista foi substituído pelo veterano Givanildo Oliveira, de 70 anos, muito identificado com o clube. Antes, Enderson Moreira e Ricardo Drubscky (diretor de futebol) já haviam comandado o Coelho na Série A.

Ao apresentar Givanildo Oliveira nesta segunda-feira, Salum se dirigiu também aos críticos que o acusaram de mudar tardiamente o comando técnico. Para ele, quem está de fora muitas vezes só se baseia nos resultados para fazer as análises.

”Tenho escutado: por que demorou tanto para trocar treinador? Projeto e feeling de direção é da capacidade de quem comanda. Todos falam que deveríamos ter trocado antes. Falam isso pois perdemos. Se tivéssemos ganho, tínhamos tomado decisão certa. Quando se troca antes e dá errado, deveria ter trocado depois. Quando troca depois que deu errado, todos falam que errou. Na verdade, tínhamos trabalho consistente. (Adilson) fez bom trabalho, entrou em um momento difícil e ele teve chance de tirar (o clube do rebaixamento)”, argumentou o presidente americano.

Em outro ponto do seu discurso, Salum lembrou que o Atlético também trocou Thiago Larghi por Levir Culpi apostando numa reação imediata no Campeonato Brasileiro. Mas, passados quatro jogos, o rival perdeu três partidas e empatou uma. 

”Times, que não preciso citar o nome, tomaram a decisão antes e não conseguiram ganhar nenhum jogos. Está aqui o exemplo em Minas Gerais. Tomaram a decisão porque ‘estava rachado o vestiário, não sei o que e tal’, em quatro jogos não ganhou nenhum, perdeu três e empatou um. Então, não estou criticando esse time, só falo que a decisão é muito fácil de ser criticada depois de tomada e do resultado ter acontecido. Muita gente queria que se trocasse o treinador do Atlético, quando trocou, todo mundo: ‘Agora vai!’. Aí perdeu: ‘Não devia ter trocado, deveria ter mantido’. É muito fácil criticar sem fazer. Fazer é muito difícil, e estamos trabalhando com confiança, com tudo, o América é muito maior que tudo que está sendo falado. Temos um trabalho difícil, sei a dificuldade que é tocar o América na Série A. Não é a primeira vez. Tivemos sucesso várias vezes, ganhamos títulos, mas a Série A ainda é um desafio que nós estamos cada vez mais aprendendo e entendendo”, acrescentou o mandatário.

Resultados em campo à parte, Salum destacou que o América está organizado administrativamente. Tropeços não seriam consequência de má gestão. “Muita coisa não se fala, um dos defeitos que eu tenho é de não vangloriar das coisas que já fiz. Não vou ter esse vício nunca. Isso está combinado há muito tempo, o prêmio é alto, bichos são bons, estão sendo pagos em dia, problema não é esse. Podem ficar tranquilos. Muita coisa tem sido falada…”, rebateu.

A missão do América nessa reta final de Série A é vencer, no mínimo, três jogos e tentar se salvar com 43 pontos. Se conseguir mais algum ponto, as chances de o time se manter na elite aumentam, sem depender tanto de outros resultados. 

Os compromissos derradeiros são contra Internacional (2º), em Porto Alegre; Santos (7º), no Independência; Palmeiras (1º), em São Paulo; Bahia (11º), em BH; e Fluminense (10º), no Rio de Janeiro.

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