O problema é antigo. Entra treinador, sai treinador, e a defesa do Sport continua vulnerável. O Rubro-negro figurou entre os times mais vazados nas edições 2016 e 2017 da Série A. No início desta temporada, mesmo diante de adversários teoricamente mais limitados na disputa do Estadual e da Copa do Brasil, o Leão também tem sido falho na retaguarda. Até então, o técnico Nelsinho Batista ainda não consertou o defeito.
Após abrir 3 a 0 no placar, o Sport sofreu três gols do Ferroviário-CE em dez minutos, o que levou a decisão para os pênaltis, que culminou em sua eliminação da Copa do Brasil. Não foi a primeira vez que a equipe teve as suas redes balançadas três vezes num só jogo neste ano. No clássico com o Náutico, pelo Campeonato Pernambucano, aconteceu o mesmo. Derrota por 3 a 0 em desempenho paupérrimo da defesa.
No Estadual, o Sport passou incólume em três das cinco partidas que disputou - contra os frágeis Flamengo de Arcoverde (0 a 0), Afogados (2 a 0) e Pesqueira (2 a 0). Além dos gols sofridos na derrota para o Timbu, levou um gol do Central (1 a 1). Na estreia da Copa do Brasil, foi vazado uma vez na vitória por 2 a 1 sobre o Santos-AP.
No total, foram oito gols sofridos em sete jogos disputados em 2018, uma média de 1,1 por jogo. Apesar do rendimento geral ser ainda razoável, Nelsinho reconhece que a equipe não tem rendido defensivamente. Não atribui culpa só aos jogadores do setor, muitos deles mantidos das duas últimas temporadas. Mas projeta a correção das falhas após já ter mexido nas duplas de defesa, volantes e laterais.
“Eu diria que é o conjunto da obra. Às vezes, o ponto final vira a linha de defesa. Então, a culpa sempre recai na linha de defesa. Lógico que estamos atentos nos detalhes, me sinto responsável por isso por que eu que escalei, eu que substitui. Temos compromisso com o clube e vamos trabalhar”, pontuou o comandante.
Histórico ruim
No Brasileiro de 2016, o Sport sofreu 55 gols, desempenho melhor apenas que os dois últimos colocados - Santa Cruz (69) e América-MG (58). No ano passado, foram 58 sofridos, terminando como time mais vazado, ao lado do Vitória.