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SÉRIE A2

STJD marca para sexta o julgamento do caso da perda dos pontos do Decisão, na Série A2

Os jogos do hexagonal, que marcam o início da segunda fase da Série A2, entrarão em campo, somente após aval judicial

postado em 18/09/2019 15:51 / atualizado em 18/09/2019 16:20

<i>(Foto: Xande Produções/ Decisão Bonito FC)</i>
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para a próxima sexta-feira o julgamento do caso da perda de dez pontos do Decisão na Série A2 do Pernambucano, paralisada desde a semana passada. A equipe da cidade de Bonito havia perdido a pontuação devido à suposta escalação irregular de dois jogadores, mas depois conseguiu recuperá-la. E o 1º de Maio, que ficou de fora do hexagonal e herdaria a vaga do Decisão, acionou o Supremo.
 
A confusão começou no mês passado, quando o Decisão foi punido com a perda de dez pontos (estava com oito) por causa da contratação dos meias Natan e Diógenes, extrapolando o limite de transferências de jogadores vindos de outros estados. No início deste mês, o Decisão foi absolvido em segunda instância pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Pernambuco (TJD-PE). Por fim, na semana passada, o 1º de Maio entrou com um mandado de garantia no TJD, pedindo a suspensão da competição.
 
Agora, com a o julgamento marcado para a próxima sexta-feira, os representantes jurídicos de acusação e defesa das equipes se mostram confiantes com as respectivas argumentações. E até que o julgamento aconteça, os seis clubes participantes não poderão entrar em campo e estrear a segunda fase da disputa, que concede duas vagas à elite do futebol local.
 
“Se a verdade prevalecer, a gente ganha. E eu acredito muito na Justiça. Estamos esperando para poder dar continuidade ao trabalho”, ressaltou o presidente do 1º de Maio, Josué Nascimento. Caso saia vencedor do julgamento, o clube será um dos integrantes no grupo do hexagonal, que dá sequência ao campeonato. Com a perda dos dez pontos, o Decisão está fora.
 
Em entrevista ao Superesportes, o advogado responsável pela acusação do 1º de Maio, Rafael Souto, pontuou: “Estamos confiantes e esperançosos na expectativa de uma decisão, a mais razoável e plausível possível, para que um fator tão crucial na nossa sociedade, que é o incentivo ao esporte, não seja ferido, por comportamento errôneo que insiste em uma manutenção de injustiça.”
 
Do lado da defesa, o presidente do Decisão, Epitácio Andrade, disse: “Estamos bastante confiantes com o julgamento, e acreditamos, sim, que o STJD irá manter a decisão do pleno do TJD-PE. Nosso direito é bom e logo estaremos voltados apenas ao futebol.”
 
O advogado que articula a defesa do Decisão, Ademir Alves, comentou: “É uma irregularidade praticada pela Federação que não seguiu o estatuto do torcedor. Mais especificamente o artigo nono, nos parágrafos quarto e quinto. No quarto, onde diz sobre a publicação do regulamento e no quinto, que fala de mudanças. A defesa sustenta que houve mudança de 2017 para 2018, e no mínimo tem que passar dois anos, o que não ocorreu”, declarou. “Anteriormente, o pleno, por seis votos a dois, deu a causa para o Decisão. E vamos tentar sustentar isso.”, finalizou Ademir.