Presidente da FPF diz que não deve aumentar número de testes da Covid-19 para clubes

Após videoconferência realizada na quinta-feira, a Federação Pernambucana de Futebol informou aos clubes que irá disponibizar 30 testes diagnósticos da Covid-19 para cada agremiação visando a volta aos treinamentos, liberada para ocorrer a partir do dia 15 pelo governo do estado. A quantidade, no entanto, foi considerada por alguns dirigentes como insuficiente, uma vez que alegam que os clubes não possuem condições financeiras para arcar com novas testagens. Procurado pelo Diario nesta sexta, o presidente da FPF negou ter recebido reclamações dos demais cartolas e garantiu que, a priori, não há previsão da entidade de aumentar a quantidade de testes oferecidos.

Segundo Evandro, a Federação conseguiu valores mais baratos para os testes. O que ajudará os clubes que quiserem realizar uma nova rodada de testagem em seus elencos, além dos 30 disponibilizados. “Nós somos a única federação do Brasil a bancar testes para os clubes. Nenhuma outra fez isso, nem São Paulo. E nós vamos bancar 300. Na verdade eu recebi vários telefonemas elogiando”, afirmou Evandro.

“No momento não temos (condições de aumentar número de testes) porque não temos mais nenhum recurso. Temos três tipos de testes. Um que custa em torno de R$ 380 e outros dois que custam R$ 260. A federação conseguiu reduzir substancialmente isso e o teste que custa R$ 260, nós vamos conseguir fazer por R$ 190. Já o outro sairá por R$ 240”, explicou o dirigente. 

Tomando como base esses valores, e considerando apenas o teste de menor valor, o investimento da FPF com a compra desses testes será de, no mínimo, R$ 57 mil. “Isso é um ganho para os clubes. Primeiro porque vão receber, a custo zero para eles, trinta testes. E depois porque, vamos imaginar que o Sport resolva contratar mais dez jogadores, ele vai conseguir comprar testes com uma redução substancial nos valores”, completou.

Evandro Carvalho ainda minimizou a necessidade dos clubes realizarem novos testes do coronavírus em seus elencos, além dos que serão bancados pela FPF. “Acho que não precisa. Em nenhum esporte no mundo foi feita essa exigência (testagem). Isso foi uma decisão da Fifa e da CBF de no futebol fazer isso. Poderíamos apenas esperar o governo liberar e quando isso acontecesse, nós voltaríamos. Mas se os nossos clubes quiserem fazer novos testes eles terão benefícios que ninguém no mercado vai ter”, concluiu.

No momento, os clubes ainda estão em fase de preenchimento de um questionário que vai abastecer o banco de dados criado pela FPF, em uma das fases do protocolo de segurança para o retorno do futebol. Essas informações serão repassadas para a secretaria de saúde de Pernambuco. A previsão é que o início das testagens nos atletas se iniciem na próxima semana.