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MUNDIAL SUB-17

Vestibular da bola para jogadores do Brasil

Atletas, que buscam o tetra, neste domingo, perderam o Enem, mas falam sobre profissões alternativas ao futebol

postado em 17/11/2019 00:35

(Foto: CBF/OFICIAL)
A maioria dos brasileiros entre 16 e 17 anos passou os dois últimos fins de semana focada em uma prova que pode mudar o futuro de parte dela: o Exame Nacional do Ensino Médio, principal forma de ingresso no Ensino Superior do país. Com a mesma idade, os jogadores que defendem a Seleção Brasileira no Mundial Sub-17 perderam o Enem devido ao torneio, mas foram aprovados no vestibular da bola. Neste domingo, a partir das 19h, o Brasil busca o tetracampeonato mundial da categoria diante do México, no Estádio Bezerrão, no Gama. Mais cedo, às 15h, Holanda e França disputam o terceiro lugar no mesmo local.


Alguns dos jogadores do elenco brasileiro fariam o Enem, não fosse a rotina que levam como atletas. Talvez o goleiro Cristian teria feito a prova para tentar ingressar no curso de nutrição. Assim como Talles Magno, que diz que seria veterinário caso não seguisse carreira no futebol. "Gosto muito de bicho", explica o atacante vascaíno que marcou dois gols no torneio até desfalcar a equipe por causa de uma lesão que sofreu na coxa direita ainda nas oitavas de final. Casos que chegariam mais próximo do Doutor mais famoso da Seleção Brasileira, o Sócrates.


Embora os garotos que vestem a amarelinha na categoria de base tenham perdido o principal exame feito pelos estudantes de todo o Brasil, não significa que não possam voltar a tentar no futuro. E não faltam exemplos no futebol mundial de jogadores que ingressaram na faculdade. O craque Andrés Iniesta, campeão mundial com a Espanha em 2010, cursou Biologia e Ciência do Esporte. O uruguaio "Loco" Abreu, saudoso entre os botafoguenses, fez jornalismo. E o zagueiro Giorgio Chiellini, capitão da seleção italiana, estudou economia. 


No caso da maioria dos jovens talentos do futebol brasileiro, os garotos disseram que buscariam trabalhar em algo ligado ao futebol mesmo, caso não se tornassem jogadores profissionais. O meia Matheus Araújo tentaria ser técnico, enquanto o arqueiro Marcelo Pitaluga escolheria ser preparador de goleiros e o colega Matheus Donelli, que também tem a função de defender a meta brasileira, sonharia em ser dirigente de futebol. 


Já os atacantes Gabriel Veron e Lázaro, autores do gol de empate e da virada sobre a França na semifinal, nunca nem pensaram em uma alternativa longe dos gramados. "Minha vida sempre foi e será futebol, tenho muita fé que tudo dará certo", diz Lázaro, atleta do Flamengo. Um experiente lateral direito que defendeu a Inglaterra nas Copas de 2010 e 2014 já pensou assim. "Eu era bom em matemática na escola, mas não pensava em mais nada além de futebol", revelou Glen Johnson, que depois cursou matemática na The Open University.


Segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os jovens talentos da modalidade brasileira dão sequência aos estudos nos respectivos clubes mesmo com as convocações. Dos 21 convocados pelo Brasil no Mundial Sub-17, seis disseram que seriam professores de educação Física. Outros já traçariam carreira em outros esportes. João Peglow no skate, Kaio Jorge no surfe e Patryck no automobilismo, para tentar ser piloto de Fórmula 1. Mas nenhum tão original quanto o meia Talles Costa, que gostaria de ser bombeiro caso não se tornasse jogador.
 
 

Veja as profissões que os jogadores escolheriam se não estivessem no futebol: 

 
Cristian (goleiro) 
nutricionista

Gustavo Garcia (lateral) 
professor de 
educação física

Henri (zagueiro) 
personal trainer ou professor 
de educação física

João Peglow (atacante) 
skatista

Kaio Jorge (atacante) 
surfista

Patryck (lateral) 
piloto de Fórmula 1

Pedro Lucas (meia) 
professor de educação física

Talles Costa (meia) 
bombeiro

Talles Magno (atacante) 
veterinário

Sandry (meia ) 
professor de educação física

Yan Couto  (meia ) 
professor de educação física

Marcelo Pitaluga (goleiro) 
preparador de goleiros

Matheus Araújo (meia) 
técnico de futebol

Matheus Donelli (goleiro) 
dirigente de futebol

Daniel Cabral (meia) 
não pensa em outra profissão

Diego Rosa (meia) 
professor de educação física

Gabriel Noga (zagueiro)
algo no futebol

Gabriel Veron (atacante)
não pensa em outra profissão

Lázaro (atacante)
não pensa em outra profissão

Luan Patrick (zagueiro)
algo no futebol

Renan (zagueiro)
algo no futebol 
 
 
 
 

PROGRAME-SE

Brasil x México (final)
19h
Estádio Bezerrão

Holanda x França (disputa de terceiro lugar)
15h
Estádio Bezerrão
 

Ingressos

A compra de ingressos para o Mundial Sub-17 é por meio do site oficial FIFA.com/Tickets, mas os bilhetes estão indisponíveis. A entidade organizadora indica ao torcedor que ainda deseja comprar a entrada que vale para a final e para a disputa de terceiro lugar, que cheque a disponibilidade no site, pois há ingressos que voltam a ficar disponíveis.