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Com novo técnico e reforços, Brasília Vôlei volta aos trabalhos

Para o novo ciclo de competição, o Brasília Vôlei renovou com o BRB e contará com o patrocínio de Furnas por meio da Lei de Incentivo Fiscal

postado em 02/08/2018 13:04 / atualizado em 02/08/2018 13:11

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Com 11 reforços no elenco, o Brasília Vôlei conheceu nesta semana o novo treinador. O técnico Hairton Cabral assume o comando da equipe no lugar do pioneiro Sérgio Negrão, que estava envolvido desde o começo do projeto, em 2013. Após a frustrante 10ª colocação na edição passada da Superliga Feminina, a meta agora é voltar aos playoffs. A competição tem início previsto para o fim de outubro. Até lá, o time candango seguirá trabalhando aspectos físicos e técnicos.

Passada a temporada mais difícil para o Brasília Vôlei, a equipe volta a sonhar com a classificação para a fase mata-mata do torneio nacional. No quinto ano de atividades, o grupo enfrentou os maiores desafios financeiros com a saída do então principal patrocinador, a Terracap. Como consequência, pela primeira vez, não se classificou aos playoffs. “Neste ano, temos de ter um pouco mais de ambição, precisamos levar a equipe um pouco mais adiante. Nosso objetivo é voltar aos playoffs”, crava Hairton Cabral.

Para o novo ciclo de competição, o Brasília Vôlei renovou com o BRB e contará com o patrocínio de Furnas, empresa estatal do setor elétrico, por meio da Lei de Incentivo Fiscal. Os reflexos vieram com a contratação de 11 reforços, com destaque para a central Angélica e a atacante Renata Colombo, ambas com passagens pela Seleção Brasileira. Outra novidade é a argentina Mimi Sosa. Embora seja estrangeira, a central é conhecida da torcida nacional, pois atuou por Rio do Sul, Pinheiros e São Cristóvão.

Garimpador

A fama de Hairton foi uma das cartadas do Brasília Vôlei para montar o elenco, com apenas a central Natália como remanescente da temporada passada. O treinador é conhecido na Superliga como garimpador de talentos, característica que vai ao encontro dos ideais originais do time candango, onde o técnico anterior alimentou o sonho de promover as categorias de base nos cinco anos que geriu a equipe. Não à toa, Hairton chegou à capital do país uma semana após as atletas se apresentarem, pois estava comandando a Seleção Brasileira Sub-18 no Campeonato Sul-Americano. “Sei que aqui tem as categorias de base e vou ver quais das jogadoras posso projetar”, avalia.

Medalhista de prata no Pan-Americano de Toronto-2015, Angélica volta à equipe brasiliense após passagem em 2014/2015. “Todo mundo está querendo melhorar o rendimento. O Hairton vem com uma proposta de trabalhar a parte técnica e isso nunca faz mal para a gente”, diz a central. “O plano é que as atletas desenvolvam o vôlei delas para voltar ao mercado de trabalho em condições competitivas que tinham antes”, completa o treinador.

Entre idas e vindas, o paraibano Hairton, que se mudou para São Paulo há mais de 30 anos, treinou a equipe de São Caetano do Sul por 16 temporadas. Agora, o desejo de encarar um novo desafio o levou a trabalhar a mais de mil quilômetros de distância da esposa e dos dois filhos. “As pessoas achavam que eu nunca sairia de São Caetano. São ares novos depois de muito tempo”, comenta.