Volei

Assim não, meninas!

Minas é derrotado em casa pelo Osasco, amargando o quarto tropeço seguido na Liga Nacional. No Triângulo, o Praia bate o Sesi de virada

A ex-jogadora Hilma na Arena JK com o filho, Kelvin, e a irmã, Hilda: em quadra, a equipe não ajudou, mas ela prevê reação
O Minas não resistiu ao Osasco-SP, o campeão da Superliga Nacional Feminina de Vôlei do ano passado, perdendo por 3 a 0 (21-12, 21-9 e 21-17), decepcionando ex-jogadoras que estavam na arquibancada e que ajudaram a fazer a história do clube, como a ex-meio de rede Ana Flávia e a ex-ponteira Hilma Caldeira – essa última acompanhada do filho, Kelvin, de 9 anos, e da irmã mais velha, Hilda. Ambas não só participaram da primeira conquista do título brasileiro feminino do clube (temporada 1991-92), como foram vice-campeãs mundiais de clubes de 92, além de serem medalhistas olímpicas de bronze, as duas em Atlanta’96 e Hilma também em Sydney’2000. Em Uberlândia, o Praia venceu o Sesi-SP por 3 a 1 (18-21, 21-15, 22-20 e 21-12), num confronto direto pelo terceiro lugar, que o time do Triângulo Mineiro tomou das paulistas.


Em quadra, ainda que a quarta derrota consecutiva tenha decepcionado Hilma, ela viu virtudes no grupo minas-tenista. O MTC foi um time diferente ontem, pois o técnico Marcos Queiroga mexeu na equipe, deixando de fora a norte-americana Alaina (ex-miss Oregon), que foi colocada posteriormente no lugar Stephanie.

Alaina foi uma das peças elogiadas por Hilma. “Ela tem uma pegada alta. Tem de usar mais a jogadora, passar mais bolas para ela, que deveria começar jogando.” Entre as demais, exaltação à ponteira Carla. “O time começou bem o primeiro set, mas depois se perdeu”, avaliou.

A ex-jogadora deu conselhos. “Elas precisam de tempo, pois têm de acertar a mão. Existem erros de posicionamento. E acho que falta acreditar mais nelas. Esse time ainda pode dar muitas alegrias.”, aposta. Mas, para ela, existe um erro que tem de ser trabalhado de imediato: o bloqueio. “Tudo isso vem com treino. É o que estou dizendo do acertar a mão, e também precisam melhorar a cobertura.”

Do outro lado, um time experiente, com medalhistas olímpicas, todas de ouro: Sheilla, que tem duas, em Pequim’2008 e Londres’2012; Adenízia; Fabíola, uma cada uma. Além delas, a líbero Camila Brait, também da Seleção Brasileira, a sérvia Sanja Malagurski e italiana Caterina Bosetti e um técnico experiente, Luizomar de Moura.

A maior pontuadora do jogo foi a oposto Sheilla, do Osasco, com 14 pontos. Alaina, mesmo tendo saído do banco, e Maiara, do Minas, foram destaque das mineiras, com oito pontos.

Minas: Giovana, Stephanie, Lynda, Raquel, Maiara, Carla e Arlene (líbero), depois Alaina, Viviane e Laís. Técnico: Marcos Queiroga. Osasco-SP: Fabíola, Sheilla, Adenízia, Larissa, Sanja, Caterina e Camila Brait (líbero), depois Ana e Lia. Técnico: Luizomar de Moura.


FINAIS DO MINEIRO

A Federação Mineira de Vôlei marcou para 21 de dezembro as semifinais do Campeonato Mineiro Masculino de Vôlei. De acordo com o regulamento da competição jogarão o primeiro colocado da fase de classificação contra o quarto e o segundo contra o terceiro, em partida única. Os vencedores disputarão o título no dia seguinte. Por enquanto, faltando os jogos Olympico x Cruzeiro e UFJF x Olympico, ainda sem datas definidas, a classificação mostra o Minas em primeiro, com 9 pontos, seguido pelo Montes Claros-Pirapora, com 7; Cruzeiro, com 6; UFJF, 2, e o Olympico sem ponto ganho.