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Boletim de ocorrência da Polícia Militar não faz menção a injúria racial no caso de Fabiana

Documento da PM consta atrito verbal entre torcedores que assistiam à partida

Valquiria Lopes

PM não informou qual torcedor foi culpado pela agressão verbal; boletim não cita racismo ou nome da jogadora

Apesar de a Polícia Militar (PM) ter sido chamada para intervir no caso de racismo envolvendo a meio de rede Fabiana, do Sesi, o boletim de ocorrência registrado no local não faz menção à injúria racial ou racismo, nem mesmo cita o nome da jogadora. De acordo com a PM, consta no documento que houve atrito verbal entre torcedores que assistiam à partida. Foram identificados no boletim Jeferson Gonçalves de Oliveira, de 43, suposto autor das agressões, e as testemunhas Laércio da Silva, de 65, Ludmila Duarte Elias, de 21, e Atenagoras Café Carvalhais Júnior, de 30.


A polícia, no entanto, não informou qual deles foi autor da agressão verbal. “Os torcedores qualificados estavam exaltados e proferindo, simultaneamente, palavras de baixo calão uns aos outros”, informou a PM por meio de sua assessoria de imprensa.

Ainda segundo PM, os torcedores já haviam sido separados pela segurança do Minas antes da chegada do policiamento e após a partida eles deixaram a arena sem mais transtornos. A assessoria afirmou que para registrar uma ocorrência de injúria racial, seria necessário que a jogadora se identificasse como vítima. “Se ela não se sentiu ofendida, não tem como outra pessoa fazer a ocorrência por ela. Ela tinha que se prontificar, que mover essa ocorrência como vítima. O Minas Tênis poderia acionar a PM, mas ela teria que ser qualificada”, informou a assessoria.