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MUNDIAL DE CLUBES DE VÔLEI

Os gringos dos gringos: clubes que disputam o Mundial em Betim apostam em estrangeiros

Sete dos oito clubes que disputam o torneio lançam mão do aproveitamento de estrangeiros para reforçar suas equipes. Cubanos são maioria, e três estão em Minas

Ivan Drummond
Antes de chegar ao Cruzeiro, meio de rede Simón passou por Itália, Catar e Coreia do Sul - Foto: Rodrigo Clemente/EM
O que é ser um aventureiro no esporte? Pode ser aquele que sai de seu país para jogar em outroAlguns chegam a passar por três, quatro e até cinco lugares diferentes durante a carreiraÉ o que ocorre, por exemplo, no vôleiO Mundial de Masculino de Clubes, no Ginásio Divino Braga, em Betim, mostram bem isso: são nada menos que 17 atletas estrangeiros em sete das oito equipes participantesNessa Babel, alguns chegam a precisar de tradutores para se comunicar em quadra e com os treinadores.

O maior contingente de estrangeiros é de cubanos – quatro, sendo dois no Cruzeiro: o ponteiro Leal e o meio de rede SimónNo russo Zenit Kazan há um: León, considerado um grande fenômeno em seu país, titular da seleção caribenha aos 16 anosNo Minas, o oposto Bisset.

Os quatro, certamente, seriam titulares na Seleção de Cuba e poderiam até ter disputado os Jogos Olímpicos Rio’2016No entanto, uma lei do país impede que atleta que tenha deixado o país defenda suas coresPior para Cuba, pois os três primeiros estão entre os melhores do mundo: Simón como central, Leal, como sacador e León, ponta.

Antes de chegar ao Brasil, Simón passou por três países: Itália, Catar e Coreia do SulHá dois anos, foi vice-campeão defendendo o catariano Al-Rayyan, no MineirinhoAlém da oportunidade de aprender os idiomas, ele vivenciou diferentes escolas de vôlei
“Há dois anos, no Al-Rayyan, a situação era bem diferenteUm time forte, mas que foi reunido apenas para disputar o MundialTreinamos por apenas 15 diasAgora é bem diferenteO Cruzeiro é forte, entrosadoTalvez seja o mais forte que já defendi”

O brasileiro Gustavão, meio de rede do UPCN, da Argentina, tem sua primeira experiência internacionalVê vantagens em jogar no time de San Juan“Fui pensando em crescerA cidade fica no meio do deserto e isso é vantagem quando se fala em concentração nos treinos e preparação para torneiosEstou gostando muito e espero ajudar a equipe a conquistar títulos
Acho que é o que esperam de mim.”

Semifinais
Valendo vaga na final do Mundial de Clubes, Trentino e Zenit Kazan se enfrentam às 15h, no Ginásio Divino Braga, em BetimÀs 18h, o Cruzeiro encara o Bolivar.


TORRE DE BABEL
Bolivar-ARG
Thomas Edgar - Oposto - Australiano
Silmar - Ponta - Brasileiro
Axel Jacobsen - Levantador - Dinamarquês

Cruzeiro
Leal - Ponta - Cubano
Simón - Meio de rede - Cubano

Minas
Bisset - Oposto - Cubano
Aboubacar - Oposto - Maliano

Tala’ea El-Geish-EGI
Ngampourou - Meio de rede - Congolês

Trentino -ITA
Solé - Meio de rede - Argentino
Van der Voorde - Meio de rede - Belga
Stokr - Oposto - Tcheco
Urnaut - Ponta - Eslovaco

UPCN-ARG
Gustavão - Meio de rede - Brasileiro
Uchikov - Oposto - Búlgaro
Vermiglio - Levantador - Italiano

Zenit Kazan-RUS
León - Ponta - Cubano
Anderson - Oposto - Norte-americano