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Associação de clubes pressiona CBV por mudanças na Superliga

Representantes dos clubes querem recursos da TV por jogos transmitidos

Luiz Ribeiro
Nova diretoria da Associação dos Clubes de Vôlei foi empossada e negocia mudanças na Superliga - Foto: Divulgação
A Associação dos Clubes de Vôlei (ACV) vai tentar um entendimento com a Confederação Brasileira da Voleibol (CBV) para que a Superliga sofra algumas mudanças, a fim de atender aos interesses das equipes. Se não chegar a um acordo, os clubes poderão criar uma competição independente.  A informação é do novo presidente da ACV, Andrey Souza, gestor do Montes Claros Vôlei, eleito para comandar a entidade na segunda-feira passada.

“Uma das nossas metas é realmente coloca na mesa o status de respeito quanto à organização, liderança e representatividade dos clubes e abrir uma discussão com a CBV, com os próprios clubes (associados) e ainda com outros clubes que ainda não estão vinculados (a ACV) e quem sabe,  em primeiro momento, buscar uma alternativa de desenvolver uma parceria na Superliga com a CBV.  Mas, caso não seja viável, não vamos deixar de trabalhar e vamos continuar buscando a estruturação da liga independente, com toda autonomia nossa, com toda estrutura nossa, buscando sempre o melhor para cada equipe participante da Superliga”, afirmou o presidente da ACV.

Embora ele não tenha falado claramente, um dos pontos reclamados pelos clubes é a participação nos recursos dos direitos de transmissão dos jogos pela televisão,  que, hoje, são recebidos exclusivamente pela Confederação. 

Andrey Souza  disse que a  Associação dos Clubes de Volei vai propor a Confederação que seja mantido  o atual modelo da Superliga, com o torneio  ocorrendo entre os meses de  outubro e maio. “Mas isso caso a CBV seja a gestora da competição. Caso  a gestão venha passar para nós (a ACV) vamos criar uma alternativa diferente, pensando na realidade dos clubes, que bancam os salários dos atletas”, assegurou o dirigente. 

Ele informou ainda que a ACV vai desenvolver gestões para divulgar mais o voleibol e facilitar a captação de patrocínios, o que é determinante na manutenção dos projetos da modalidade, inclusive na formação de equipes de base. “Queremos estruturar melhor o voleibol e entregar um produto melhor para o público. O objetivo é transformar cada jogo em um evento, a fim de atrair mais público.
E, naturalmente, com mais público, aumenta visibilidade do esporte. Com isso também cresce o interesse das empresas em patrocinar as equipes de vôlei e a própria superliga”, observou. 

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