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Próximo do começo dos Jogos, atletas estrangeiros se mostram adaptados a BH

Belo Horizonte cai nas graças dos atletas que fazem a preparação final dos Jogos

postado em 30/07/2016 11:00 / atualizado em 30/07/2016 10:09

Edesio Ferrreira/EM/D.A PRESS

Com o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro cada vez mais próximo, atletas estrangeiros aumentam a frequência nas ruas de Belo Horizonte, enchendo a cidade de diferentes sotaques e cores, enquanto se preparam em solo belo-horizontino para as disputas na cidade maravilhosa. Nessa mistura de nações que já ocupa clubes e hotéis de BH, o maior destaque fica com os britânicos, maioria nas ruas da capital e vistos com frequência em pelo menos duas rotas: entre o Iate Tênis Clube e o Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Região da Pampulha, e também entre o Minas Tênis Clube e a Savassi, na Região Centro-Sul de BH. Os atletas da terra da rainha são os mais tranquilos, vistos muitas vezes sem seguranças e sempre elogiando Belo Horizonte. A situação é bem diferente do esquema montado em volta das seleções de futebol feminino dos Estados Unidos e da França, por exemplo, que estão sempre com escoltas, não costumam deixar as atletas sozinhas e não revelam a programação.

“É uma cidade muito bonita e relaxante e o centro de treinamento fica a apenas cinco minutos de distância do hotel, está tudo muito bom”, diz a atleta Alice Richardson, que integra o time britânico de rúgbi de sete jogadoras. Assim como Alice, vários atletas britânicos, vestindo camisas com as inscrições “Team GB”, atravessam a todo momento a Avenida Otacílio Negrão de Lima entre o hotel San Diego, onde estão hospedados, e o Iate Tênis Clube, local em que se reúnem para definir as atividades que serão realizadas no dia e participar de reuniões com as equipes.

Faixa de pedestre

Nessa sexta-feira, a reportagem flagrou um momento curioso desse percurso. Acostumados a ter preferência na faixa de pedestres na Europa, muitos dos atletas britânicos estão usando a faixa da Otacílio Negrão de Lima sem a preocupação necessária com os carros que transitam pela orla da Lagoa da Pampulha. Em uma dessas situações, um atleta entrou na faixa e provocou uma freada mais brusca de um carro que vinha em um dos sentidos. Porém, o veículo que vinha no outro sentido não parou, obrigando o esportista a diminuir o passo para não ser atingido. Vendo tudo, a poucos metros de distância, o aposentado Leonardo Fonseca, 58 anos, ficou indignado com a falta de gentileza do motorista. “Tem que parar na faixa”, gritou enquanto passeava com o cachorro.

“Moro aqui perto e queria ver a turma dos outros países, porque esse clima é muito bom para a cidade. Agora, os ingleses têm que ficar atentos porque não são todos que param na faixa”, alerta o aposentado. A alguns metros dali, já na Avenida Alfredo Camarate, a reportagem flagrou quatro atletas caminhando tranquilamente em direção ao Centro de Treinamento Esportivo da UFMG. Apesar de muitos seguirem o curto trajeto de ônibus, a caminhada também é uma opção para alguns.

Também não é difícil encontrar movimentação de britânicos nas ruas da Savassi, percurso usado por atletas entre o Minas Tênis Clube e um hotel na Rua Professor Morais. O boxeador Pat McCormack, de 21 anos, é uma das esperanças de medalha na categoria até 64 quilos. Desde terça-feira em BH, ele conta que está bem adaptado à cidade e elogia o clima. “Achei Belo Horizonte um lugar muito bacana. É uma cidade muito cultural. E as mulheres são muito bonitas”, brinca o esportista. Seu companheiro de treinamentos, Danny Pianum, que não vai competir na Olimpíada, diz que BH é bem diferente de outras cidades na Europa, como Londres, e destaca a oportunidade de estar pela primeira vez no Brasil. “É uma grande experiência. Estamos ansiosos para chegar no Rio de Janeiro”, afirma.

Se nas rotas dos ingleses o clima é bem tranquilo, o mesmo não acontece na porta do Mercure, hotel onde estão hospedadas as seleções de futebol feminino dos Estados Unidos e da França no Bairro de Lourdes. O esquema armado pela segurança do estabelecimento impede que as atletas fiquem sozinhas em áreas de circulação das pessoas. Elas entram nos ônibus ainda na área interna do hotel e saem escoltadas para locais de treinamento ou de lazer, normalmente sem divulgar o destino ao público em geral. Ontem, por exemplo, as francesas saíram para treinar, mas cancelaram a atividade e acabaram fazendo uma visita ao Parque das Mangabeiras, no bairro de mesmo nome, Centro-Sul de BH. Os grupos de ambas as seleções só saem com escolta da Polícia Militar. “Até o momento, está tudo bem tranquilo. Nós já temos a experiência da Copa do Mundo, então fica tudo mais fácil”, diz o cabo Samuel Dias.

Edesio Ferrreira/EM/D.A PRESS

Confira a versão da matéria em inglês:

Tradução: Marcelo da Fonseca

Approaching Rio's Olympic Games, the presence of foreign athletes became more frequent around streets of Belo Horizonte, filling the city with different collors and accents. This mix takes place at sports clubs and hotels that are hosting the competitors. The british athletes are the majority around the city. Mainly they can be seen at Iate Tênis Clube, in Pampulha, and the Federal University trainning center.

British athletes praised Belo Horizonte as a great place to adapt to local conditions days before leaving to Rio de Janeiro. Many athletes from the Queen´s Land are seen walking without security. The situation is very different with the athletes of United States and France, always surrounded by high security. Both teams keep secret about their practice's schedule.

“Its a beautiful and relaxing city. The trainning center is located only five minutos away from the hotel and everthing is working great”, sad Alice Richardson, fom the British rugby team. Just like Alice, many british athletes, with “Team GB” T-shirts, walk frequently around Pampulha Lake areas.

Its also easy to find foreigh athletes around Savassi´s area, where they practice in Minas Tênis Clube. The boxer Pat McCormack, 21 years old, is one of British hopes to get a medal in the sport. Since tuesday in Belo Horizonte, he is completely adapted to the city. “I think BH is a very nice place. Very cultural city. And there are many beautiful women”, said the young boxer.

His trainning partner Danny Pianum considered the city very different from european cities, especially London, and said to be enjoying his first time in Brazil. “It is such a great experience. And we are anxious to get to Rio de Janeiro”.

Different from the British delegation, the teams from US and France are following a limited schedule in Belo Horizonte, with few time to interact with fans. The security scheme organized for both teams do not allows the athletes to have any contact with people. They get in and out the bus inside the hotel. Always scorted by police and security members. This friday (29), the french football team left the hotel to practice, but cancel the practice and changed the schedule. The athletes and staff visited Mangabeira's Park.

Tags: rio2016 minas olímpica

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