Jorge Nicola, colunista do Superesportes, fala sobre o potencial da SAF do Atlético (Foto: Jorge Nicola/Superesportes)


Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Grêmio e Internacional são os únicos clubes grandes do Brasil que ainda resistem à ideia da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). E isso só vai mudar no dia em que um time com dono se transformar em superpotência no Brasil. Cruzeiro, Botafogo, Vasco e agora o Bahia até podem assumir esse papel, mas levarão alguns bons anos.


Já o Atlético é capaz de bagunçar a ordem do futebol por aqui em 2023. Duvida? Então imagine se a Fenway Sports Group, um dos quatro grupos de investimento que negociam com o Galo, comprar a SAF atleticana. 
Apesar da temporada frustrante, é meio óbvio que o elenco do Galo hoje se equivale a Flamengo e Palmeiras. Um pouco abaixo do Rubro-Negro, um pouco acima do Palmeiras. Mas, com o aporte de muitos milhões de reais de um investidor internacional e contratações impactantes, tudo muda.
Com a lembrança de que a moeda da Fenway Sports ou de qualquer outro parceiro gringo vale cinco vezes mais no Brasil. Na última janela de transferências, por exemplo, a dona do Liverpool desembolsou R$ 440 milhões com apenas dois reforços: Darwin Nuñez e Fabio Carvalho.


Com 40% deste valor, seria possível contratar Jorge Jesus ou Sampaoli, além de atletas como De la Cruz, que vive os últimos meses do contrato no River Plate; Luis Suárez, de saída do Nacional-URU; além de Oscar, Daniel Alves, Paulinho, Edenílson, entre outros.
A grande diferença do Galo para Cruzeiro, Botafogo, Vasco e Bahia é que a montagem do elenco não começa do zero. Ou seja, ganha-se tempo e economiza-se dinheiro. 
Mas quem garante que a SAF atleticana vai dar certo? Não há garantias, e a escolha do parceiro é fundamental nesse processo. Mas é inegável que existe potencial para fazer enorme barulho no lado alvinegro de Minas Gerais.