Apesar da curta experiência sob o comando de Sampaoli no Atlético, Patric diz que absorveu lições do argentino e as aplica no América (Foto: Mourão Panda/América)

 

Dono de uma longa trajetória no Atlético, onde disputou 187 jogos entre os anos de 2011 e 2020, Patric sempre foi considerado um atleta polivalente. Apesar de ser lateral-direito, ele já atuou em outras funções tanto no setor defensivo quanto no ofensivo. Em entrevista ao Superesportes, o jogador do América revelou lições de jogo aprendidas no curto contato que teve com Jorge Sampaoli no Galo. 




 

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Apesar de ter convivido com o treinador, Patric não chegou a entrar em campo sob o comando do argentino, que foi contratado pelo clube em março de 2020. O defensor deixou o Atlético apenas no mês seguinte, mas fez sua última partida com a camisa alvinegra no dia 16 de fevereiro, na derrota por 2 a 1 para a Caldense, pelo Campeonato Mineiro. 

 

"Quando o Sampaoli chegou no Atlético, os guris, principalmente o Fábio Santos, vieram me falar: 'pô, olha aí, mais um aí que vai gostar de você'. O jeito, a disposição, o carinho, tudo isso faz diferença. Por eu ter facilidade em jogar em outras funções, eu falo para outro atletas: quando o treinador fica de fora do treino e tem uma posição livre, como a de zagueiro, (você deve aproveitar). Aí você é volante, lateral ou ponta e não quer fazer (aquela função) porque está fora da sua posição. Cara, aquilo ali está te dando base. Talvez você não vá usar aquilo agora, mas você pode usar isso a médio ou longo prazo, com outro treinador", destacou. 

 

Jorge Sampaoli permaneceu no Atlético de março de 2020 a fevereiro de 2021. A única conquista do técnico argentino pelo Galo foi o troféu do Campeonato Mineiro de 2020. Naquela temporada, o time alvinegro terminou o Brasileirão na terceira colocação, com 68 pontos - três a menos que o campeão Flamengo.




 

"Você pega o exemplo do (Fernando) Diniz. O time dele não tem tanta posição, é função. E o pessoal pega no pé do Tite porque ele tem um linguajar um pouco diferente, que às vezes as pessoas não entendem. Mas tem muita diferença, e isso faz diferença. E o Sampaoli falava muito: 'não sabe contar? não sabe somar? não vai jogar'. Falava pro jogador 'não vai jogar comigo', e (o jogador) não jogava com ele. Você entender isso, para um grande treinador, é muito mais rápido. Tem treinador que às vezes nem fala nada, ele monta ali o trabalho da semana e não fala nada, porque um jogador já entendeu ou passou a leitura e está tudo certo", disse o lateral. 

 

Técnico mais marcante da carreira de Patric 

 

Patric afirma que o técnico mais importante de sua carreira é o catarinense Wilson Vaterkemper, que o treinou nas categorias de base do Criciúma, clube onde ele foi formado. "Eu era atacante, e ele falou para eu ir para a lateral-direita, pois me via com essas características. 'Vamos ter que trabalhar muito, mas você vai ter muito futuro', ele me disse", justificou.  

 

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