Cruzeiro terá o sexto técnico com Sérgio Rodrigues (Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O Cruzeiro terá o sexto técnico na gestão de Sérgio Santos Rodrigues, que ocupa a presidência desde 1º de junho de 2021. No intervalo de 1 ano e 2 meses, cinco profissionais passaram pelo cargo: Enderson Moreira, Ney Franco, Luiz Felipe Scolari, Felipe Conceição e Mozart Santos (veja os números de cada um na galeria de fotos abaixo).





Se depender do desejo da diretoria, o próximo será Vanderlei Luxemburgo, que está livre no mercado. O próprio treinador afirmou em entrevistas ter mantido contato com Sérgio Rodrigues e Pedro Lourenço, conselheiro do clube e patrocinador por meio do Supermercados BH.

Publicamente, Vanderlei disse que não iniciaria nenhuma negociação enquanto o Cruzeiro estivesse com treinador - os contatos foram feitos ainda com Mozart Santos à frente do elenco. Nos bastidores, o técnico de 69 anos teria se mostrado incomodado com os atrasos salariais no clube.

O desafio do próximo comandante será tirar o Cruzeiro da luta contra a queda à terceira divisão. Em 15 rodadas na Série B, o time somou apenas 13 pontos - duas vitórias, sete empates e seis derrotas - e está perto do Z4. As chances de acesso, segundo o Departamento de Matemática da UFMG, são de 0,57%.




Na administração de Sérgio Rodrigues, nenhum treinador conseguiu colocar o Cruzeiro perto do G4 da Série B. Enderson Moreira começou bem em 2020, com vitórias nos três primeiros jogos, porém o clube cumpriu a perda de seis pontos imposta pela Fifa e praticamente não saiu do lugar.

Enderson acabou demitido em 8 de setembro de 2020 em razão de um jejum de cinco jogos (dois empates e três derrotas). Anunciado no dia seguinte, Ney Franco durou pouco mais de um mês no comando, também por maus resultados, e foi despedido em 11 de outubro.

Em 15 de outubro, a diretoria celeste anunciou Luiz Felipe Scolari, que assumiu o time em 19º, com 13 pontos, e obteve mais de 55% de aproveitamento em 21 jogos - 9 vitórias, 8 empates e 4 derrotas. No entanto, a Raposa terminou a Série B longe do G4, em 11º, com 49 pontos.




Felipão saiu do Cruzeiro em 25 de janeiro, antes mesmo do encerramento da Série B. Para a temporada 2021, o clube apostou em Felipe Conceição, que havia se destacado em 2019 ao tirar o América do Z4 da Série B, na 10ª rodada, e conduzi-lo à quinta posição, com 61 pontos.

No Campeonato Mineiro, Conceição levou o Cruzeiro à semifinal, na qual foi eliminado pelo América. Na Série B, perdeu as duas primeiras partidas, para Confiança (3 a 1) e CRB (4 a 3). O estopim para a saída do técnico, em 9 de junho, foi o revés para a Juazeirense na terceira fase da Copa do Brasil.

No dia 10 de junho, o clube apostou em Mozart Santos como substituto. A esperança é que ele repetisse na Toca a façanha obtida no comando do CSA na Série B de 2020 - livrou a equipe do Z4 e brigou pelo acesso até a reta final, ficando em 5º, com 58 pontos.




Contudo, Mozart ficou marcado no Cruzeiro pelas constantes mudanças nas escalações e no esquema tático, sem encontrar um padrão de jogo. Foram duas vitórias em 13 jogos, além de sete empates e quatro derrotas. O pedido de demissão veio após o empate por 2 a 2 com o Londrina, nessa sexta-feira, no Mineirão.

“Conversamos com o Mozart há pouco, e ele optou pelo pedido de demissão para que a gente possa andar por outro caminho em busca de outro profissional. Esperamos que nós tenhamos melhores resultados pela frente. Obrigado, me desculpe, um abraço”, disse o diretor de futebol Rodrigo Pastana.

O Cruzeiro volta a campo no sábado, às 11h, contra o Brusque, pela 16ª rodada da Série B. Apesar da situação bastante desfavorável, a diretoria mantém o discurso de que ainda é possível atingir a campanha de acesso - 61 a 64 pontos. Para isso, será necessário somar entre 48 e 51 nas 23 rodadas restantes - aproveitamento de 69,5% a 73,9%.