Sérgio Santos Rodrigues comentou episódio de salários atrasados no clube (Foto: Reprodução/Cruzeiro/YouTube)


O presidente Sérgio Santos Rodrigues falou nesta sexta-feira sobre a reunião com os jogadores do Cruzeiro para tratar de salários atrasados. Sem mencionar a decisão do elenco de paralisar os treinamentos enquanto o clube não apresentar uma solução para o problema, o dirigente afirmou que está à espera de novidades na próxima segunda-feira,  quando se reunirá com empresários  para tentar captar recursos e regularizar os débitos.




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“Em momento algum falta entrega aos nossos atletas. Valorizamos o nosso grupo, nossa conversa foi muito boa e de hoje para amanhã estamos terminando os ajustes para soltar o que foi conversado e falado de tomada de decisão”, disse o dirigente.

“Seguimos firmes e confiantes por saber que existem pessoas confiantes no nosso trabalho. Segunda-feira espero que a gente saia com alguma coisa mais clara em relação a salários. Foi isso que passei para eles, tenho convicção de que as coisas vão sair bem”, complementou.

Sérgio explicou que o demonstrativo contábil do Cruzeiro referente ao primeiro semestre de 2021 será publicado na segunda. Segundo ele, os valores de ordenados em aberto são inferiores aos bloqueios de processos trabalhistas.




“São coisas inesperadas. São bloqueios de jogadores que passaram por aqui em 2012 ou 2013 e começam a chegar agora. Fora que quando assumimos em 1º de junho, pagamos folhas de abril e maio, que não eram da nossa competência”.

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Ele ainda negou que haja pendência de seis meses com funcionários de salários mais baixos - contrariando a versão dos jogadores nas redes sociais. “Às vezes recebo reclamações de pessoas nas ruas: ‘poxa, presidente, não faça isso com quem ganha pouco’. Não existe essa situação, sobretudo para quem ganha menos. Aliás, quem ganha menos é sempre privilegiado, amparado e assistido”.

O mandatário também explicou a razão pela qual optou por um pronunciamento em vez de conceder coletiva a jornalistas. “Infelizmente quando a gente fala, a manchete é uma, o comentário é outro e a verdade nunca sai de forma plena. Depois vamos nos colocar à disposição dos veículos para entrevistas mais completas”.




Conforme informado pelo Superesportes , os empresários dispostos a colaborar com o Cruzeiro são Pedro Lourenço, do Supermercados BH; Régis Campos, da construtora Emccamp; Aquiles Diniz, ex-sócio do banco Inter; e Paulo Henrique Pentagna Guimarães, da Carbel Auto Group - dona do banco BS2 e da concessionária de veículos Carbel.

Em contato com a reportagem, Régis Campos garantiu que haverá solução para que os salários sejam pagos. A ideia é quitar ao menos uma folha, na casa de R$2,8 milhões, na próxima semana.

Régis reiterou que existem empresários dispostos a injetar R$300 milhões tão logo o clube se transforme em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Todavia, a prioridade é resolver o problema em curto prazo das remunerações pendentes.




Sem uma definição concreta quanto aos treinamentos na Toca da Raposa, o Cruzeiro enfrenta o Avaí na próxima sexta-feira, às 21h30, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, pela 31ª rodada da Série B.

Em 11º lugar, com 39 pontos, o time celeste tem 0,15% de chance de acesso, de acordo com o Departamento de Matemática da UFMG . Por esse objetivo, será preciso ganhar os oito duelos restantes, além de torcer por tropeços de vários clubes.

Declaração de Sérgio Rodrigues sobre salários atrasados no Cruzeiro


“Estivemos reunidos hoje com os jogadores. Todos sabem da situação de atraso salarial e não é uma questão que queremos conviver com ela. Todos citam aquela frase que eu disse no dia 1º de junho, de que a responsabilidade era minha. Só que são aqueles detalhes que infelizmente acontecem e a gente não espera.




“Mostrei os números aos jogadores e esses números serão publicados. O que nós temos de atraso salarial é menos do que tivemos de bloqueios trabalhistas. São coisas inesperadas. São bloqueios de jogadores que passaram por aqui em 2012 ou 2013 e começam a chegar agora. Fora que quando assumimos em 1º de junho, pagamos folhas de abril e maio, que não eram da nossa competência. O que mostrei a eles foi que, dentro do projeto da nossa gestão, teríamos esses números compatíveis para manter os salários em dia com tranquilidade”.

“Expliquei que não temos funcionários com seis meses de salários atrasados. Às vezes recebo reclamações de pessoas nas ruas: ‘poxa, presidente, não faça isso com quem ganha pouco’. Não existe essa situação, sobretudo para quem ganha menos. Aliás, quem ganha menos é sempre privilegiado, amparado e assistido. Disseram que a imprensa ia ligar para perguntar quem passa dificuldade, eu disse: ‘gente, os que passam e chegam na gente, sempre tentamos ajudar de forma pessoal’. Não vamos deixar nenhuma pessoa do Cruzeiro desamparada nesse sentido”.

“Em momento algum falta entrega aos nossos atletas. Valorizamos o nosso grupo, nossa conversa foi muito boa e de hoje para amanhã estamos terminando os ajustes para soltar o que foi conversado e falado de tomada de decisão.




“Seguimos firmes e confiantes por saber que existem pessoas confiantes no nosso trabalho. Segunda-feira espero que a gente saia com alguma coisa mais clara em relação a salários. Foi isso que passei para eles, tenho convicção de que as coisas vão sair bem, quinta-feira estarei junto com a delegação em Florianópolis, onde tentaremos buscar mais uma vitória.

“Ontem quando eu cheguei, a imprensa me procurou pedindo para fazer umas perguntas, e eu pedi para esperar, pois primeiro tinha que conversar internamente e depois falar através daqui. Infelizmente quando a gente fala, a manchete é uma, o comentário é outro e a verdade nunca sai de forma plena. Depois vamos nos colocar à disposição dos veículos para entrevistas mais completas, mas esses são os pontos cruciais para esclarecer”.