Fred ganhou várias homenagens na despedida no Maracanã (Foto: Fluminense/Reprodução)


O Fluminense se despediu, em campo, de um dos maiores ídolos de sua história: Fred. Apenas nos gramados, porque o artilheiro, como cantou a torcida, é eterno. Neste sábado, na vitória tricolor sobre o Ceará, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, ele foi homenageado como merece.



Dugout


O sábado foi todo para Fred, com homenagens desde que pisou no Maracanã. Após a vitória, um roteiro especial. De bicicleta, relembrando a forma como voltou para o Rio de Janeiro, ele deu volta olímpica. Até fez o último gol: ele pedalou até a rede. O ídolo tricolor também tirou o molde para colocar os pés na Calçada da Fama do Maracanã.

Por todo o sábado, a torcida tricolor cantou "Ô Fred vai te pegar", música característica do artilheiro, além de "Fred eterno". Teve também coro de "Fred, eu te amo". Mais uma declaração ao segundo maior artilheiro da história do Fluminense, com 199 gols.

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"Eu prometi que não ia chorar, porque no último sábado eu chorei demais. Eu tenho que conseguir expressar um pouco a gratidão que tenho por tudo que este clube fez por mim, que esta torcida fez por mim. Eu tenho certeza que é o clube mais humano que conheci em toda a minha vida. É por isso que nossos laços se estreitaram tanto. Eu acho que a gente valoriza muito as vitórias, o sucesso, os gols, os títulos, mas para mim, aqui no Fluminense, o que mais me marcou foram os momentos que eles me ajudaram, que eu estava querendo desistir. Eu estava muito mal, momento de medo, de fraqueza. Então quero agradecer do fundo do meu coração a todos tricolores e dizer que vou aposentar esta camisa aqui, mas ela vai estar sempre tatuada no meu peito e onde eu for vou fazer de tudo para defender esta camisa que me ajudou tanto", declarou Fred.




O ídolo também falou sobre a relação com os torcedores e reforçou a "dívida" que tem com o Fluminense. Fred foi abraçado em momentos difíceis na carreira, como após a Copa do Mundo de 2014 e o retorno ao clube, em 2020, após rebaixamento pelo Cruzeiro.

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"O que mais me emociona, quando saio da rua, de 1 a 80 (anos), eu vejo as crianças, os idosos com carinho louco por mim, os pais. Então, para falar a verdade, eu não esperava isso. De verdade, que não. Não sou merecedor disso tudo, porque se a gente for analisar o que eles fizeram por mim, é impagável. É uma dívida eterna que terei. Eles estão brincando de "Fred eterno", mas esta dívida é eterna. Não tem como eu pagar. Só quero agradecer a todo mundo, aos funcionários, a todos com que trabalhei, aos adversários, aos clubes, ao América Cruzeiro, Lyon, Fluminense, Atlético, Seleção Brasileira também, aos meus oponentes. Muitas vezes eu discuti com alguém da imprensa", disse. 

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"A gente com este momento de disputa, de tensão, eleva o nosso ânimo. A arbitragem. Todos que fazem parte deste jogo, todos os clubes, todas as torcidas. Futebol me tirou do mau caminho e me deu tudo, eu sou muito grato a ele. Obrigado a todo mundo que ama o futebol e só o futebol é possível fazer isso aqui e nós somos o País do futebol. É maravilhoso ver o Maracanã deste jeito. Emocionante ver o carinho. Eu recebi homenagem do Vasco, de uma grandeza. O Fluminense está parado há dez dias para preparar isso tudo aqui para mim. Os torcedores na porta da minha casa, fazendo churrasco no CT. Só gratidão por todos vocês, me perdoem todos que às vezes passei do limite. Não tem nada pessoal. Espero um dia dar um abraço em todo mundo, agora que encerrei, poder desfrutar aquele lado do futebol, de arquibancada, de estar vendo, cornetando com meu pai", acrescentou.



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O ídolo ainda não sabe o próximo passo profissional, mas vai estar à disposição do Fluminense.

"Meu próximo passo agora é viajar com a minha família. Eu não sei se vou conseguir ir para o jogo contra o Cruzeiro (pela Copa do Brasil) que o Fernando (Diniz) me pediu. De verdade, não defini nada, não sei, mas sou tricolor e vou estar disponível para qualquer coisa. Valeu muito a pena. Mais uma vez: eu não mereço e amo vocês", encerrou o craque.