Moscou – O título mundial do Atlético ajudou a abrir o mercado russo para o futsal brasileiro. Nos anos seguintes, diversos jogadores se transferiram para a forte liga da Rússia, como o ex-atleticano Vander Carioca. “Joguei cinco anos em Moscou, foi muito bom para mim. Outros jogadores, como o Cirilo, foram para a Rússia, se naturalizaram e criaram raízes lá”, conta o carioca. Na última Copa do Mundo de Futsal, a Seleção Russa teve quatro brasileiros naturalizados: Robinho, Gustavo, Rômulo e Éder Lima.
Uma das equipes mais fortes da liga local, atualmente, é o Gazprom Ugra, da cidade de Yugorsky, na região central do país, que conta com dois mineiros: Caio César e Nando, ambos com passagens pelo Minas. “Estou há dois anos e meio aqui. É um dos melhores campeonatos do mundo. No campo, a Rússia não tem tanta força, mas no futsal é uma potência, jogadores fortes, de qualidade, me surpreendeu”, conta o camisa 11, que conquistou o título europeu logo em sua chegada.
Caio mudou-se para a Rússia com a esposa e está adaptado. Segundo ele, a dificuldade foram só nos primeiros seis meses. Além dos mineiros, outros três brasileiros defenderam o Ugra, sendo dois naturalizados, além de dois membros da comissão técnica. Caio ressalta que, financeiramente, a liga é muito vantajosa, embora uma crise tenha fechado alguns clubes no ano passado. “Em 1998, Atlético jogou a final contra o Dina, que era muito forte, mas, no ano passado, teve uma crise e alguns times fecharam. O Dina e o Dínamo fecharam. No Dina sempre jogaram brasileiros”, lembra Caio. Hoje, três times contam com brasileiros: Ugra, Sibiriak e CPRF.