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13 desafios de Levir Culpi no Atlético

Passada a euforia pelo retorno ao Atlético, o técnico Levir Culpi já volta as atenções para o trabalho que terá pela frente

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19 de outubro de 2018 - 20:06
  • 1) Voltar a ser vitorioso: Desde que saiu do Atlético no final de 2015, depois de vencer a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil, em 2014, e o Mineiro, em 2015, Levir Culpi acumula trabalhos bastante questionáveis. Em 2016, teve 52,9% de aproveitamento em 52 jogos no Fluminense. Na temporada seguinte, conquistou 58% dos pontos disputados em 31 partidas à frente do irregular Santos. Em dezembro de 2017, transferiu-se para o Gamba Osaka, do Japão, onde não conseguiu repetir o sucesso de anos anteriores. Nem na América do Sul, nem na Ásia, o comandante cumpriu as expectativas. É a oportunidade de recolocar a carreira nos rumos.
  • 2) Recuperar jogadores: Levir tem o desafio de fazer com que jogadores com bastante potencial voltem a ter o mesmo desempenho que já demonstraram. São os casos, por exemplo, dos talentosos Fábio Santos, Elias e Cazares. Outros que, apesar dos bons números na temporada, vivem fase irregular são Luan e Ricardo Oliveira. Titular do Atlético em 2016, 2017 e no início de 2018, o zagueiro Gabriel também pode render mais.
  • 3) Fazer o ataque voltar a funcionar: Pode parecer contraditório, mas o melhor ataque do Campeonato Brasileiro não pode exatamente ser considerado regular. Com 47 gols nas 29 rodadas da competição, o Atlético vive uma seca de dois jogos seguidos sem marcar. No total, o time não balançou as redes rivais em oito partidas - quase 30% do total.
  • 4) Encontrar o equilíbrio: O desempenho do Atlético no Campeonato Brasileiro é como uma gangorra: uma hora no alto, outra no chão. Encontrar o equilíbrio e a regularidade na relação entre rendimento de ataque e defesa é necessário. Dos 10 melhores colocados, apenas o Fluminense teve a defesa mais vazada que o time alvinegro: 35 contra 34.
  • 5) Tornar o time mais competitivo: Em 2014, o Atlético de Levir foi campeão da Copa do Brasil e da Recopa Sul-America. À época, o grupo alvinegro não tinha os mesmos astros da equipe que conquistou a Copa Libertadores no ano anterior, mas contava com jogadores que tiveram desempenho técnico acima da média. Foram os casos do zagueiro Jemerson, dos laterais Douglas Santos e Marcos Rocha, dos volantes Rafael Carioca e Leandro Donizete, dos armadores Guilherme e Dátolo, além do atacante Diego Tardelli. Todos deixaram o clube. Por outro lado, outros nomes importantes, como Leo Silva, Victor e Luan, seguem na Cidade do Galo. O grupo atual, no entanto, é bem menos experiente e com nível técnico inferior. Criar um time que brigue por títulos será um dos grandes desafios de Levir no retorno ao clube.
  • 6) Pressão pelo bom momento do rival: Querendo ou não, o bom momento do Cruzeiro aumenta a pressão sobre o Atlético. Em 2018, o time celeste conquistou Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil, enquanto o Galo saiu precocemente da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. E o título do Brasileiro, única competição que restou na temporada, ficou muito distante com os últimos resultados.
  • 7) Superar a ciranda de treinadores: Desde que Levir Culpi deixou o Atlético em novembro de 2015, seis treinadores efetivos e um interino passaram pelo clube. Outro dos desafios do comandante, portanto, é conseguir cumprir o próprio contrato, que vai até dezembro de 2019. Para isso, conta, ainda que inicialmente, com o apoio do presidente Sérgio Sette Câmara: 'Fechamos um contrato que vai se iniciar agora e vai até o final de 2019. Eu, efetivamente, espero que vá até o final do meu primeiro mandato', disse.
  • 8) Conseguir vaga na Libertadores: Após sonhar com o título brasileiro, o Atlético agora tem um objetivo claro para as últimas nove rodadas da competição: conseguir vaga para a próxima edição da Copa Libertadores. Atualmente, o time é o sexto colocado, com 46 pontos ganhos - quatro à frente do Santos, principal perseguidor do G-6.
  • 9) Planejar 2019: Durante a entrevista coletiva de apresentação, o presidente Sérgio Sette Câmara e o próprio Levir Culpi admitiram: as últimas nove rodadas do Campeonato Brasileiro darão base ao planejamento e a eventuais mudanças para a temporada seguinte. Por isso, o treinador terá o desafio de identificar lacunas no grupo e auxiliar a diretoria na busca por peças para preenchê-las.
  • 10) Unir time e torcida: 'É bom até vaiar, mas tem que estar no campo. Porque a torcida no campo faz o time correr, não tem jeito. Você se sente prestigiado, você vai atrás do resultado'. A declaração de Levir Culpi dá indícios do que pode voltar a ser a relação entre torcida e time. Mesmo com arquibancadas costumeiramente cheias neste Brasileiro, o Atlético não conseguiu embalar. Com o comandante, a expectativa é que a sintonia de 2014 retorne.
  • 11) Servir de escudo para a diretoria: Presidente inexperiente, diretor de futebol inexperiente e treinador inexperiente. Durante oito meses, Sérgio Sette Câmara, Alexandre Gallo e Thiago Larghi formaram o tripé de comando do clube dentro e fora de campo. Apesar de terem se mostrado firmes diante das cobranças desde o início do ano, os dirigentes terão mais tranquilidade para trabalhar com a parceria de Levir Culpi. Experiente e com prestígio com a torcida, o 'novo velho' comandante tem o desafio - e a capacidade - de acalmar os ânimos das arquibancadas em eventuais momentos de turbulência.
  • 12) Manter o grupo nas mãos: Levir avisou: mais que se preocupar apenas com parte tática, física e técnica, ele precisa dar atenção especial ao psicológico dos jogadores. 'A parte psicológica, a parte emocional, no brasileiro é muito envolvente, muito envolvente', disse. A expectativa, portanto, é que o treinador consiga lidar com vaidades e necessidades de um grupo de mais de 30 jogadores. Evitar críticas e demonstrações públicas de descontentamento - que tanto aterrorizaram Larghi - dará mais tranquilidade e segurança ao trabalho.
  • 13) Melhorar rendimento dos reforços: Depois do empate sem gols contra o América, no último domingo, Thiago Larghi aumentou o tom de cobrança sobre os reforços. De fato, os jogadores contratados no meio do ano ainda não tiveram o rendimento esperado. Nem mesmo Yimmi Chará, que é titular absoluto, conseguiu render o que se espera. Por isso, também será papel de Levir acelerar o processo de adaptação ao clube e tirar o máximo desses jogadores.

Veja também:

Manifestação foi nesta sexta-feira, em frente à sede do clube
Torcedores protestam contra Gallo, Sette Câmara e jogadores do Atlético
Comandante iniciou trabalhos no comando da equipe nesta sexta-feira
Fotos do primeiro treino de Levir Culpi à frente do Atlético
Alvos são Alexandre Gallo, Sérgio Sette Câmara e jogadores
Torcedores do Atlético preparam protesto
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    1) Voltar a ser vitorioso: Desde que saiu do Atlético no final de 2015, depois de vencer a Recopa Sul-Americana e a Copa do Brasil, em 2014, e o Mineiro, em 2015, Levir Culpi acumula trabalhos bastante questionáveis. Em 2016, teve 52,9% de aproveitamento em 52 jogos no Fluminense. Na temporada seguinte, conquistou 58% dos pontos disputados em 31 partidas à frente do irregular Santos. Em dezembro de 2017, transferiu-se para o Gamba Osaka, do Japão, onde não conseguiu repetir o sucesso de anos anteriores. Nem na América do Sul, nem na Ásia, o comandante cumpriu as expectativas. É a oportunidade de recolocar a carreira nos rumos.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    2) Recuperar jogadores: Levir tem o desafio de fazer com que jogadores com bastante potencial voltem a ter o mesmo desempenho que já demonstraram. São os casos, por exemplo, dos talentosos Fábio Santos, Elias e Cazares. Outros que, apesar dos bons números na temporada, vivem fase irregular são Luan e Ricardo Oliveira. Titular do Atlético em 2016, 2017 e no início de 2018, o zagueiro Gabriel também pode render mais.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    3) Fazer o ataque voltar a funcionar: Pode parecer contraditório, mas o melhor ataque do Campeonato Brasileiro não pode exatamente ser considerado regular. Com 47 gols nas 29 rodadas da competição, o Atlético vive uma seca de dois jogos seguidos sem marcar. No total, o time não balançou as redes rivais em oito partidas - quase 30% do total.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    4) Encontrar o equilíbrio: O desempenho do Atlético no Campeonato Brasileiro é como uma gangorra: uma hora no alto, outra no chão. Encontrar o equilíbrio e a regularidade na relação entre rendimento de ataque e defesa é necessário. Dos 10 melhores colocados, apenas o Fluminense teve a defesa mais vazada que o time alvinegro: 35 contra 34.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    5) Tornar o time mais competitivo: Em 2014, o Atlético de Levir foi campeão da Copa do Brasil e da Recopa Sul-America. À época, o grupo alvinegro não tinha os mesmos astros da equipe que conquistou a Copa Libertadores no ano anterior, mas contava com jogadores que tiveram desempenho técnico acima da média. Foram os casos do zagueiro Jemerson, dos laterais Douglas Santos e Marcos Rocha, dos volantes Rafael Carioca e Leandro Donizete, dos armadores Guilherme e Dátolo, além do atacante Diego Tardelli. Todos deixaram o clube. Por outro lado, outros nomes importantes, como Leo Silva, Victor e Luan, seguem na Cidade do Galo. O grupo atual, no entanto, é bem menos experiente e com nível técnico inferior. Criar um time que brigue por títulos será um dos grandes desafios de Levir no retorno ao clube.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    6) Pressão pelo bom momento do rival: Querendo ou não, o bom momento do Cruzeiro aumenta a pressão sobre o Atlético. Em 2018, o time celeste conquistou Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil, enquanto o Galo saiu precocemente da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana. E o título do Brasileiro, única competição que restou na temporada, ficou muito distante com os últimos resultados.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    7) Superar a ciranda de treinadores: Desde que Levir Culpi deixou o Atlético em novembro de 2015, seis treinadores efetivos e um interino passaram pelo clube. Outro dos desafios do comandante, portanto, é conseguir cumprir o próprio contrato, que vai até dezembro de 2019. Para isso, conta, ainda que inicialmente, com o apoio do presidente Sérgio Sette Câmara: 'Fechamos um contrato que vai se iniciar agora e vai até o final de 2019. Eu, efetivamente, espero que vá até o final do meu primeiro mandato', disse.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    8) Conseguir vaga na Libertadores: Após sonhar com o título brasileiro, o Atlético agora tem um objetivo claro para as últimas nove rodadas da competição: conseguir vaga para a próxima edição da Copa Libertadores. Atualmente, o time é o sexto colocado, com 46 pontos ganhos - quatro à frente do Santos, principal perseguidor do G-6.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    9) Planejar 2019: Durante a entrevista coletiva de apresentação, o presidente Sérgio Sette Câmara e o próprio Levir Culpi admitiram: as últimas nove rodadas do Campeonato Brasileiro darão base ao planejamento e a eventuais mudanças para a temporada seguinte. Por isso, o treinador terá o desafio de identificar lacunas no grupo e auxiliar a diretoria na busca por peças para preenchê-las.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    10) Unir time e torcida: 'É bom até vaiar, mas tem que estar no campo. Porque a torcida no campo faz o time correr, não tem jeito. Você se sente prestigiado, você vai atrás do resultado'. A declaração de Levir Culpi dá indícios do que pode voltar a ser a relação entre torcida e time. Mesmo com arquibancadas costumeiramente cheias neste Brasileiro, o Atlético não conseguiu embalar. Com o comandante, a expectativa é que a sintonia de 2014 retorne.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    11) Servir de escudo para a diretoria: Presidente inexperiente, diretor de futebol inexperiente e treinador inexperiente. Durante oito meses, Sérgio Sette Câmara, Alexandre Gallo e Thiago Larghi formaram o tripé de comando do clube dentro e fora de campo. Apesar de terem se mostrado firmes diante das cobranças desde o início do ano, os dirigentes terão mais tranquilidade para trabalhar com a parceria de Levir Culpi. Experiente e com prestígio com a torcida, o 'novo velho' comandante tem o desafio - e a capacidade - de acalmar os ânimos das arquibancadas em eventuais momentos de turbulência.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    12) Manter o grupo nas mãos: Levir avisou: mais que se preocupar apenas com parte tática, física e técnica, ele precisa dar atenção especial ao psicológico dos jogadores. 'A parte psicológica, a parte emocional, no brasileiro é muito envolvente, muito envolvente', disse. A expectativa, portanto, é que o treinador consiga lidar com vaidades e necessidades de um grupo de mais de 30 jogadores. Evitar críticas e demonstrações públicas de descontentamento - que tanto aterrorizaram Larghi - dará mais tranquilidade e segurança ao trabalho.
  • Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
    13) Melhorar rendimento dos reforços: Depois do empate sem gols contra o América, no último domingo, Thiago Larghi aumentou o tom de cobrança sobre os reforços. De fato, os jogadores contratados no meio do ano ainda não tiveram o rendimento esperado. Nem mesmo Yimmi Chará, que é titular absoluto, conseguiu render o que se espera. Por isso, também será papel de Levir acelerar o processo de adaptação ao clube e tirar o máximo desses jogadores.
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