Depois de maravilhar o mundo com a campanha imbatível do tricampeonato no México'1970, a Seleção Brasileira passou por um período de reformulação. Na Alemanha’1974, Zagallo manteve alguns titulares da campanha vitoriosa – como Piazza (Cruzeiro), Rivellino (Corinthians) e Jairzinho (Botafogo) –, e chamou alguns jovens promissores, entre eles o lateral-direito Nelinho, do Cruzeiro. Ao Estado de Minas, o lateral relembrou alguns de seus momentos marcantes com a camisa da Seleção Brasileira:
"Em dois anos, eu fui de reserva do Remo, a jogador do Cruzeiro e convocado para uma Copa do Mundo. E entrei no lugar do cara que eu mais admirava, que era o Carlos Alberto Torres", lembra Nelinho.
O lance inesquecível do lateral cruzeirense, entretanto, ocorreria quatro anos mais tarde, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Aos 19min do segundo tempo da decisão do terceiro lugar contra a Itália, ele recebeu a bola da direita, ajeitou e chutou com tanta força, que a bola fez uma curva improvável e entrou no canto direito de Dino Zoff.
"Em 1978, eu achei que poderíamos ter jogado, pelo menos, a final da Copa do Mundo. O grande pecado foi contra a Argentina. Saímos invicto, mas não ganhamos nada", lembra.