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Gritos homofóbicos à parte, mexicanos superam alemães também em festa na Rússia

Em campo, mexicanos venceram por 1 a 0; nas arquibancadas, não deram a menor chance aos europeus

postado em 17/06/2018 19:38 / atualizado em 17/06/2018 20:03

AFP / Kirill KUDRYAVTSEV


Enviado especial a Moscou

Se em campo alemães e mexicanos fizeram uma partida cheia de alternativas e com muita emoção, fora deles a festa foi impressionante. As duas torcidas cantaram bastante para empurrar as equipes, com os mexicanos, parecendo estar em maior número, se fazendo ouvir pelo volume e também por maior participação.

Concentrados em sua maioria à direita do túnel central, eles fizeram “Ya lo ve, ya lo ve! Somos locales otra vez!”, gritaram os latinos, dizendo algo como “já vimos, estamos em casa outra vez”. E pareciam estar mesmo, desde horas antes de a bola rolar. 

Nas estações de metrô era possível ouvi-los de longe. E ao chegarem a local da partida, organizaram um verdadeiro desfile, cantando e dançando.

Paulo Galvão/EM/D. A Press
Com o gol de Lozano, aos 34min, a festa mexicana ficou próxima de ser completa. Até “olé” eles gritaram quando ainda havia um segundo tempo inteiro pela frente. “A diferença do México para as outras equipes é que jogamos sempre em casa”, argumenta Diego Rodríguez, que é da Cidade do México.

O amigo dele, Fernando Sosa, concorda e acredita que partida deste domingo reforça a certeza que o México irá, no mínimo, até as quartas de final. Nelas, o adversário poderá ser a Seleção Brasileira, o que não tira o otimismo dos dois.

“Claro que o Brasil é mais forte, favorito, deve ganhar o jogo. Mas o México sabe jogar contra equipes assim, que têm bons ataques. Em um bom dia, podemos vencer”, diz Sosa.

O único senão dos mexicanos é o grito homofóbico em cobranças dos adversários. Antes restrito ao tiro de meta, agora está sendo usado para faltas e escanteios.

OUTRO LADO

Pelo lado alemão não havia tantas fantasias e apetrechos, limitados quase que exclusivamente à bandeiras e cachecóis. Nem por isso deixaram de empurrar o time, ainda que não estejam tão confiantes no título quando se poderia supor de uma equipe que é a atual campeão do mundo e tem grandes jogadores, além de ter mantido o técnico.

“O (técnico) Joachin Law não testou tanto o time, por isso não sabíamos como os jogadores iam se comportar como equipe”, disse Andy Marcs, um alemão  que aprendeu um pouco de português para ir torcer em 2014, mas acabou não indo ao Brasil.






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