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Após gol em derrota do Egito, Salah deixa estádio em silêncio

Para o craque do Liverpool, a Copa foi uma grande decepção

postado em 19/06/2018 21:27 / atualizado em 19/06/2018 22:27

AFP / Giuseppe CACACE
O atacante Mohamed Salah saiu em silêncio do Arena Zenit, em São Petersburgo. Com a cara fechada, olhando para o chão, o maior jogador do futebol africano sabe que a Copa do Mundo praticamente acabou para ele. As chances de classificação são minúsculas na última rodada, após a derrota para a Rússia por 3 a 1, nesta terça-feira.

Para o craque do Liverpool, a Copa foi uma grande decepção. Ele chegou à Rússia com a possibilidade de entrar na briga direta com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo pelo posto de melhor jogador do mundo. Era o azarão, mas estava no páreo. Também levava consigo o sonho de um país inteiro. Ele havia sido o responsável pelo gol da classificação nas Eliminatórias Africanas que recolocou o Egito na Copa após 28 anos. Agora, está de mãos abanando, com apenas um gol de pênalti.

Depois de se contundir na final da Liga dos Campeões, o atacante fez tratamento intensivo para se recuperar de uma lesão no ombro para jogar a Copa. Carregou a nação ao seu lado em sua recuperação. Mostrou otimista e sorridente nos treinos. Antes da estreia, o técnico Héctor Cúper afirmou que só um imprevisto não o escalaria. Ele não entrou na derrota para o Uruguai.

O atacante fez sua estreia nesta terça-feira, mas não conseguiu evitar o drama africano. Sua atuação foi apenas razoável com o gol de honra, feito de pênalti após auxílio do VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês) ao paraguaio Enrique Cáceres. Na hora da penalidade, foi preciso. Bateu no alto e forte, sem chances de defesa.

No restante do jogo, teve duas chances claras, uma na etapa inicial e outra no segundo tempo, mas finalizou mal as duas. Parecia sem ritmo de jogo, sem pegada, embora a partida fosse decisiva. Não foi o Salah que hipnotizou o futebol inglês ao longo da temporada com o recorde de gols.

Em outros lances, apenas tocou de lado tentando organizar uma equipe com poder ofensivo quase nulo e que dependia basicamente dele. "A gente sabia que ele tinha uma lesão e tentou jogar, mas não percebi nada diferente", disse o lateral Mário Fernandes, brasileiro naturalizado russo, que é titular da seleção anfitriã da Copa.

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