Capitão da Sérvia vê menosprezo do Brasil antes de duelo decisivo na Copa do Mundo

Moscou – Parceiro do goleiro Alisson na Roma, o capitão da Sérvia, Aleksandar Kolarov, entrou na sala de conferência do Spartak Stadium com um discurso estranho. Na opinião do experiente jogador de 32 anos, o técnico da Seleção Brasileira, Tite, menospreza o adversário ao divulgar a escalação para a decisão desta quarta, às 15h, pelo Grupo E.

Versátil, Kolarov atua como lateral-esquerdo e zagueiro. Conhece Gabriel Jesus, enfrentou Paulinho nas quartas de final da Liga dos Campeões e duelou com Philippe Coutinho e Willian na Premier League. Embora tenha tantos amigos brasileiros no futebol europeu, ele preferiu colocar pimenta no jogo ao falar de Tite.

“Talvez tenham nos subestimado. Não quero pensar nisso agora. Há questões mais importantes e sérias a refletir. Talvez estejam nos provocando, não sei. Se disse qual vai ser a escalação, pode ser uma tática dele (Tite). Acho que devem estar prontos”, disse Kolarov.

Tite e o auxiliar Cléber Xavier, porém, não menosprezaram o adversário e até analisaram seu poder de fogo. “A Sérvia joga muito no centro do campo, com dois armadores. Tem uma linha de quatro defensiva. Trabalha a bola parada e os cruzamentos, chegada melhor do Kolarov, chegada mais atrasada do Ivanovic”, detalhou Cléber Xavier.

O assistente destacou a força aérea do rival. “Pivô que sustenta e tem muita condição de cabeceio. Toda essa característica passa a ter qualidade diferente. Não tem jogo trabalhado nem ligação direta, como a Costa Rica, que se defendeu baixo e explorava os contra-ataques. A Sérvia tem qualidade enorme, a gente se prepara para isso e trabalha em cima dos problemas”, afirmou.

Menos detalhista do que a comissão técnica do Brasil, o treinador Mladen Krstajic preferiu filosofar sobre o estilo brasileiro. “Acho que não devemos desperdiçar tempo explicando o que o Brasil faz. O Brasil é uma superpotência no futebol. Tem um jeito de se preparar. É um povo mais relaxado, mais tranquilo. Vamos jogar contra a grande Seleção Brasileira. Não vamos desistir. Depois de 90 minutos, vamos ver qual vai ser o placar”, provocou.

TORCIDA

O técnico afirmou ainda que conta com a torcida russa. “Nos sentimos como se estivéssemos jogando na Sérvia. É um país irmão. Equipe técnica, jogadores, jornalistas sérvios se sentem como se estivessem em casa. Vamos dar o nosso melhor. Vai ser uma partida interessante”, afirmou.

O empate já garante a classificação, no mínimo em segundo lugar. Para ficar em primeiro, precisa vencer e manter saldo melhor que o da Suíça. Caso perca, depende de revés suíço diante da Costa Rica

Precisa de um empate com a eliminada Costa Rica. Se vencer, atingirá o primeiro lugar caso o Brasil não derrote a Sérvia. Se perder, precisará que a Seleção Brasileira vença os sérvios

Garante classificação com vitória contra o Brasil – para ser primeira, depende de tropeço suíço. O empate serve, desde que a Costa Rica vença a Suíça por dois gols de diferença. Já a derrota a elimina