Bares da Rússia elegem beberrões, os mais gentis e os mais animados da Copa; veja rankings das torcidas

Que a Copa do Mundo é uma festa, todo mundo sabe. Agora, os vários atores dessa celebração mudam de acordo com os resultados, as eliminações e até a nacionalidade. A reportagem ouviu funcionários de dez bares e restaurantes que concentraram torcedores durante o Mundial’2018 na capital russa e descobriu que os mexicanos, cuja equipe foi eliminada nas oitavas de final pela Seleção Brasileira, deixarão a Rússia como campeões de simpatia, além de liderarem o quesito ‘bebedeira’.

Os brasileiros, por sua vez, ficaram entre os mais citados em três categorias: simpatia, animação e gorjetas.

Assim, o entorno do torneio perdeu muito sem o pessoal de sombreiro e também outros povos das Américas. “Os latinos, em geral, foram os mais animados e divertidos. E os mexicanos se destacaram. Eles acabaram virando amigos”, afirma Anastasia Ishkina, gerente de um restaurante na Rua Arbat, que é fechada a carros e ponto de encontro de turistas em Moscou.

Ela só tem uma ressalva aos que vieram do continente americano, especificamente os brasileiros. “Eles não dão gorjeta, entendi que é da cultura, no Brasil está incluído na conta. Além disso, ficam pedindo o nosso número de telefone o tempo todo”, conta.

Outros que elegeram os mexicanos como os mais gentis da Copa foram os garçons Anil Vaise e Anyia Cisse. Eles também trabalham em restaurante na Arbat e lamentam que o Mundial tenha chegado ao fim. “Foi bom receber gente do mundo todo, principalmente os latinos, que são muito animados”, diz Anil, diante de um restaurante cheio, mas nem de perto animado como há 20 dias, quando clientes faziam fila na porta.

Para a maioria, a competição foi boa para os negócios. “Os torcedores trouxeram alegria, foi muito bom”, afirma Abdullah Mustapha, gerente de um restaurante na mesma região.

Um pouco mais perto da Praça Vermelha, as garçonetes Camila Sarykova e Maria Marian também relembram os momentos de muito movimento de alguns dias atrás. Segundo elas, os turistas do futebol foram bastante agradáveis em sua maioria e não há do que reclamar. “Foi bom”, diz Camila.

Já Vladimir Zubov, garçom em um bar próximo ao Teatro Bolshoi, enaltece os latinos. Mas não deixa de ter ressalvas à Copa do Mundo. “Os europeus em geral foram muito chatos, não sei o que eles esperavam encontrar na Rússia”, diz ele, com a concordância da companheira de trabalho Alexandra Iiosip.

Em termos de animação, ninguém ganhou dos argentinos, segundo quem os atendeu. Sempre dispostos a enaltecer a qualidade dos jogadores, de agora e do passado, e as conquistas – essas só do passado –, eles chamaram a atenção pelas músicas bem-humoradas e repetidas inclusive depois da eliminação, ainda nas oitavas de final para a agora finalista França.

“Os argentinos cantavam sem parar”, diz Ahmand Ahli, de outro restaurante na Rua Arbat, que instalou TV’s e transmitiu todos os jogos da Copa da Rússia.

Se a cerveja reinou como bebida predileta durante a Copa e os mexicanos foram os que mais beberam, na hora de comer os torcedores buscaram cosias práticas. O hambúrguer liderou os pedidos, ainda que também tenham sido citadas coisas tão diversas quanto o japonês sushi, strogonoff e borsch (tradicional sopa do Leste Europeu, normalmente com carne e beterraba).

1. Mexicanos

2. Brasileiros

1. Argentinos

2. Brasileiros

1. Mexicanos

2. Croatas

1. Brasileiros

2. Mexicanos

1. Hambúrguer

2. Pizza