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HISTÓRIAS OLÍMPICAS

Que vergonha!

postado em 11/08/2016 08:43

Pela nossa política, pelo dia a dia, vivemos no país do oportunismo. E nada melhor do que a Olimpíada para mostrar isso. Dentro dos parques olímpicos, você está à mercê dos promotores do evento. O pior de tudo diz respeito à alimentação.

Para começar, tudo é muito caro. Um refrigerante sai a R$ 8. Água, R$ 10. No primeiro dia, em busca de alguma coisa para comer, segui para o restaurante. “Ôba!”, pensei, “um self-service”. Mas quando olhei o preço, quase caí de costas. Vocês que estão lendo se segurem e procurem um lugar pra assentar antes de continuar: R$ 98 o quilo!

O preço me fez desistir. Então, me deram a dica de uma opção de comida rápida e mais em conta, logo ao lado. Fui pra lá. Eram pequenos compartimentos de plástico. Foi preciso juntar um de comida japonesa e outro de macarrão. Daria para enganar o estômago.

Pois bem, peguei o que pensava que fosse me satisfazer. Na hora de pagar, quase caio de costas de novo. O que peguei, com um refrigerante, saiu mais de R$ 70. Mas não tem outro jeito: era aquilo ou passar fome.

Se arrependimento matasse... A comida era horrorosa. O macarrão frio, grosso, mal cozido. A comida japonesa até que foi. Não era ruim, mas era muito pouco.

Tentar levar alimento, a não ser biscoito, é perda de tempo, pois tudo é recolhido na vistoria para entrar no parque.

O que fazer? É o que me pergunto. Mas a situação vai piorar. Dentro do parque, começa a faltar comida. Não tem isso, não tem aquilo. Está difícil. Para completar, não como frango – aliás, detesto o bicho. E só se encontra essa coisa para comprar. Resultado: prefiro ficar com fome.

Anunciam que haverá uma solução. No dia seguinte, chegam os primeiros food trucks. Tiveram de abrir para eles. O problema é que a comida também é cara. E não tem nota fiscal. Aí que a coisa complica. O jeito é comer muito pela manhã e depois jantar, pela madrugada, mas, para isso, paga-se caro, muito caro, além da fome que sinto.

Ou seja, parece que a política é de ganhar muito em pouco tempo. Pode um negócio desses? Parece que o esporte é a ganância e se joga com a goela larga. Só pode.
O anunciante aqui presente não possui relação com os Jogos Rio 2016 e é patrocinador exclusivo da cobertura editorial dos Diários Associados MG para o evento.