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HISTÓRIAS OLÍMPICAS

Que exemplo. Mas que exemplo

postado em 15/08/2016 08:52

AFP
Uma história de persistência. Ela foi escrita ontem, na Arena do Futuro, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, quando Diego Hipólito conquistou a medalha de prata. Era sua terceira e última Olimpíada. A idade, por certo, não lhe permitirá estar em Tóquio'2020. Era, portanto, sua última chance.

Mas essa história começa muito antes. Nós Jogos Olímpicos de Pequim'2008, ele chegou como favorito. Eu não cobriria a Ginástica Artística. Era um outro companheiro. Mas ele me ligou lá na China e disse que estava passando mal. Perguntou se eu tinha condições de ir para lá. A resposta foi sim, ainda mais porque eram duas possibilidades de medalha na modalidade, com Diego, que era bicampeão mundial, além de uma vez prata, em mundiais – depois ganharia mais dois bronzes – e com Daiane dos Santos. Nunca o Brasil chegara tão bem cotado na ginástica numa Olimpíada.

Estava retornando para o Centro de Imprensa, de um jogo de vôlei. Iria em seguida para o basquete, mas veio a missão de cobrir a ginástica. Desço do ônibus e saio em desabalada carreira, pois o ginásio da modalidade ficava no mesmo espaço. Consiso chegar. Está quase na hora da apresentação de Diego.

Movimento em movimento, ele vem fazendo uma apresentação perfeita. Aproxima-se o final de seus exercícios. Mas de repente, ele cai sentado – ontem, ele mesmo disse que caíra de bunda.

Era o fim do sonho. Estava terminada a chance de pódio, que parecia certo. Diego chorou. Pediu desculpas ao povo brasileiro.

Quatro anos mais tarde, em Londres, lá está ele de novo, como favorito. Vem a apresentação e num golpe do destino, ele erra. Cai de cara, literalmente, no chão. Mais uma vez, é o fim. Diego está envergonhado. Pede desculpas mais uma vez.

Mas ele é daquelas pessoas que não desistem nunca. E lá está ele novamente. Dessa vez no Rio. Faz uma apresentação perfeita. Tudo deu certo. Ele não caiu, ou melhor, como ele mesmo disse, caiu de pé. E de pé chegou ao pódio. Uma história de perseverança. Um exemplo a ser seguido.
O anunciante aqui presente não possui relação com os Jogos Rio 2016 e é patrocinador exclusivo da cobertura editorial dos Diários Associados MG para o evento.