Os Jogos Olímpicos do Rio chegam à metade marcados por feitos inéditos de superatletas de países com pouca ou nenhuma tradição em Olimpíada. Pódios inesperados, zebras e recordes tornaram a primeira Olimpíada da América do Sul nos “Jogos da primeira vez”.
Sexta-feira à noite, o nadador Joseph Schooling, de 21 anos, conquistou a primeira medalha da história de Cingapura, que desde Londres’1948 só havia angariado duas pratas e dois bronzes no tênis de mesa e no halterofilismo. E o fez em alto estilo: Schooling foi o primeiro a vencer Phelps no Rio e o primeiro a bater o multicampeão em sua distância favorita, os 100m borboleta, desde Atenas’2004.
Ainda na natação, Simone Manuel se tornou a primeira atleta negra a conquistar uma medalha de ouro, e Katie Ledecky foi a primeira a vencer os 200m, 400m e 800m em uma mesma edição – nas últimas duas distâncias, fulminando recordes mundiais. Phelps se tornou o primeiro tetracampeão olímpico (200m borboleta), primeiro da história em pódios individuais (15 medalhas), consolidando-se como o primeiro em praticamente tudo o que diz respeito à conquista.
No judô, Majlinda Kelmendi conquistou a primeira medalha de ouro de Kosovo, que, mesmo não reconhecido pela ONU, participa de uma Olimpíada pela primeira vez. Fehaid Al Deehani, do tiro esportivo, se tornou o primeiro campeão olímpico competindo como atleta independente, uma vez que seu país, o Kuwait, está suspenso pelo COI. Ainda no tiro, Xuan Vinh Hoang conquistou o primeiro ouro para o Vietnã, assim como a Seleção de Rúgbi de Fiji, que também alcançou um feito inédito para o pequeno arquipélago polinésio.
Nesta semana, será a vez de o Brasil tentar suas primeiras medalhas na maratona aquática, canoagem e futebol masculino e feminino. Não será fácil, mas é a única forma de o país ficar pela primeira vez entre os 10 melhores do mundo.