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CRÔNICAS CARIOCAS

Robson Conceição não é besta

postado em 18/08/2016 08:51

Rodrigo Clemente /EM/D.A Press

Se dentro do ringue o baiano Robson Conceição revelou-se um guerreiro de golpes duros e fulminantes, fora dele o primeiro medalhista de ouro do boxe brasileiro se tornou um xodó do público e dos jornalistas pela educação, simplicidade e espontaneidade. Quem acompanhava as entrevistas do lutador, vitória após vitória, se espantava que quem estava ali, com voz calma e palavras contadas, era o mesmo lutador que minutos antes havia superado rivais tão difíceis até a medalha de ouro.

Domingo, antes de falar sobre a vitória sobre o tricampeão mundial, o cubano Lázaro Alvarez, Robson mandou um recado. “Primeiramente, gostaria de desejar (jornalistas) a vocês um feliz Dia dos Pais. Vocês são pais, estão longe dos filhos, e estão aqui me dando apoio, me acompanhando”, disse o lutador, que deixou alguns jornalistas emocionados.

Tanta espontaneidade também criou alguns momentos de risadas. Na terça-feira, depois de conquistar o ouro, Robson reclamou que a concentração para a luta o fez perder algumas trocas de pins – uma tradição entre atletas e espectadores dos Jogos Olímpicos. “Eu recebi uns pins da federação e até agora não pude trocar nenhum pin com ninguém”, reclamou, em tom de brincadeira.

A resposta mais sincera, no entanto, veio domingo, quando foi perguntado sobre o francês Sofiane Oumiha, que viria a ser seu adversário na final. Com sotaque baiano carregado, não hesitou em dar a resposta: “Nunca lutei com ele não, mas se ele está na semifinal é porque num é besta”. Depois do combate, ficou provado que quem não é besta é Robson Conceição.
O anunciante aqui presente não possui relação com os Jogos Rio 2016 e é patrocinador exclusivo da cobertura editorial dos Diários Associados MG para o evento.