Quem esteve nas arenas olímpicas nas últimas duas semanas, além de ver disputas empolgantes pôde fazer uma viagem pela música brasileira e internacional no intervalo das competições. Em alguns casos, como o vôlei de praia e o de quadra, o DJ da arena era quem comandava, inclusive, as ações dos atletas, com músicas específicas para cada país ou jogadas importantes, como ace e bloqueios.
Alguns exemplos: sempre que a americana Kerri Walsh ia para o saque, os alto-falantes explodiam ao som de Carrie, do Europe. Se alguma dupla da Espanha estivesse em quadra, Volare, do Gipsy King, agitava o público. Se a partida começasse depois das 22h, a abertura era ao som de Fear of the dark, do Iron Maiden, e se o Brasil estivesse em quadra, um mix de samba enredo fazia a alegria de atletas e torcida.
Quinta-feira, antes da final masculina, os torcedores encharcados dançavam ao som de Purple rain, do Prince, e Chove chuva, em uma gravação do Sérgio Mendes e Brasil’66. Heroes, do David Bowie, foi o tema que precedeu a entrega da medalha de ouro para Alison e Bruno Schimidt.
Esporte de mais intensidade, o basquete recebeu uma ambientação com música eletrônica e heavy metal. A Seleção Norte-Americana, dona de 15 ouros em 18 edições, entrava em quadra ao som de Crazy Train, de Ozzy Osbourne. No boxe, onde os baianos puxaram a participação brasileira, com o ouro de Robson Conceição, o DJ animava a plateia com arrochas e ressuscitou até o clássico dos anos 1990 Tic, tic, tac, do grupo amazonense Carrapicho.
No vôlei de quadra, com luzes e som alto anunciando as partidas, atletas brasileiras ganharam música personalizadas, como a ponteira Jaqueline, que ia para o saque ao som de Glamurosa, do MC Marcinho. Ao saber do título de “rainha do funk”, Jaque desconversou: “Ah se o Murilo souber disso...”