Foi na pequena Varjão de Minas, cidade a 300 quilômetros de Belo Horizonte e com cerca de 6 mil habitantes, que a tocha olímpica começou o dia de ontem em solo mineiro. Antes de chegar a Montes Claros, no fim da tarde, a chama passou por Pirapora e, às margens do Rio São Francisco, a cerimônia olímpica foi marcada por apresentações culturais.
Os condutores passaram por um corredor formado pelos moradores, que deram as mãos e vestiram camisa representando o barco Vapor Benjamim Guimarães, maior patrimônio histórico-cultural do município e que também navegou com a tocha. Entre os condutores, estava o ex-jogador de futebol Luiz Henrique, com passagens pelo Bahia, Flamengo e Fluminense e Seleção Brasileira. “Nem quando eu jogava no Flamengo tinha tanta gente querendo tirar foto comigo”, disse Luiz.
Thiago Bonfim, atleta Paralímpico de halterofilismo, também não conteve a emoção ao conduzir a chama: “Meu coração ficou acelerado. Esta sensação é única”. Iguaciena Sulamita, instrutora de um programa de atividade física que utiliza a dança, levou ritmo para o revezamento. Antes de chegar sua vez para carregar a tocha, ela colocou todos para dançarem, ensinando alguns passos ao som da tradicional “Ó Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais”.
Ao entardecer, o comboio chegou a Montes Claros, onde foi recebido com apresentações folclóricas e foi realizada a celebração do dia, com o acendimento de uma réplica da pira olímpica.
EMBARGO Ontem, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio embargou uma obra e interditou outras quatro dentro da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. A ação é reflexo da operação batizada de “Aquecimento”, que fiscalizou 35 empresas na semana passada. O motivo da interdição e dos embargos foi o “flagrante desrespeito à segurança do trabalhador”.
Vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a superintendência encontrou uma série de irregularidades nas obras. O caso mais grave foi a de escavação na vila olímpica. “Havíamos interditado na quinta-feira, e mesmo assim a empresa estava realizando trabalho na obra”, afirmou Robson Leite, superintendente regional, ao jornal O Estado de S. Paulo. O MTE tem 72 horas para fazer uma nova vistoria.