
A seleção argentina de futebol masculina deu adeus aos Jogos Olímpicos nesta terça-feira ao empatar em 1 a 1 com Honduras no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Atual bicampeã olímpica, a equipe terminou a primeira fase na terceira colocação do Grupo D, atrás de Honduras, o segundo colocado, e Portugal, o líder - ambos classificados.
Durante todo o jogo, a torcida brasileira “secou” os vizinhos sul-americanos. A partida teve dois pênaltis desperdiçados, um para cada lado. No fim do primeiro tempo, o capitão de Honduras, Acosta, chutou para defesa de Rulli e, no começo do segundo tempo, Correa cobrou para fora para desespero dos argentinos.
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A eliminação precoce dos atuais bicampeões olímpicos se dá em meio a uma crise institucional na Associação de Futebol Argentina (AFA), que ameaçou nem mandar o time para a disputa nos Jogos do Rio. Precisou da intervenção do governo do país e também encontrar um técnico às pressas, pois o antecessor Tata Martino pediu demissão após oito meses de salários atrasados.
Julio Olarticoechea assumiu a seleção olímpica em 6 de julho e teve dificuldade para conseguir convocar a equipe nacional, pois diversos clubes não quiseram liberar os atletas. Sem muito tempo para trabalhar e com um time desentrosado, a Argentina perdeu para Portugal na estreia por 2 a 0, depois derrotou a Argélia por 2 a 1 e por fim ficou no 1 a 1 com Honduras nesta terça-feira.
A torcida brasileira não poupou os vizinhos da eliminação. Até “olé” gritaram para os jogadores de Honduras, além da tradicional música provocando Maradona. “Já que o Brasil não dá alegria, a Argentina dá”, ironizou o servidor público Ricardo Miranda.
Ele esteve no estádio para a estreia da seleção brasileira de futebol masculino, na quinta da semana passada, e ficou decepcionado. “O jogo foi horroroso”. Para Renato Andrade, o jogo foi o primeiro que a torcida saiu feliz.
Entre os torcedores que apoiaram a seleção hondurenha estava o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa. Ele comentou sobre a dificuldade de sair um gol no futebol masculino no Mané Garrincha. “Parece que enterraram uma caveira perto de cada trave”, brincou.