Sérgio Sasaki comemora nono lugar na final do individual geral na ginástica artística no Rio

Rio de Janeiro – Garra e determinação são as expressões que definem o resultado do brasileiro Sérgio Sasaki, nesta quarta-feira, na final individual geral da ginástica artística, quando terminou em nono lugar, melhor resultado do Brasil nos Jogos Olímpicos. A melhor posição anteriormente tinha sido dele mesmo, há quatro anos, em Londres, quando terminou em décimo. Na decisão da prova, ele somou a nota 89.631, exatamente 233 pontos a mais que na edição anterior. A medalha de ouro ficou com o japonês Kohei Uchimura, 92.365; enquanto a prata foi para o ucraniano Oleg Verniaiev, 92.266, e o bronze para o britânico Max Whitlock, 90.641. O outro brasileiro na competição, Arthur Mariano terminou em 17o, com 87.331.

Foi uma tarde-noite de emoção para o atleta brasileiro, que recordou os momentos difíceis que passou durante o ciclo olímpico, a começar pelas três cirurgias que passou, duas delas no ombro e joelho, nos últimos anos, que resultaram em uma paralisação na carreira de um ano e três meses. “É muito difícil você ver a equipe treinando e não poder estar junto. Foi difícil, pois quando voltei, cada dia de treino significavam dois, pois tinha de recuperar o tempo perdido.”

Para ele, a determinação foi o segredo para poder competir nessa olimpíada e ainda mais estar entre os 10 primeiros. E contou que ficou ainda mais feliz por conseguir realizar tudo o que havia treinado. “Não me preocupei com nota, mas sim em chegar perto da perfeição.”

Ele conta que a posição que terminou é relativa. “Eu consegui fazer 100%. Quem dá a nota são os juízes. Não me preocupo com eles. São imparciais e têm seus critérios. Eu tenho de me apresentar bem e fazer o melhor para o páis.”



Sasaki confessa que a torcida o emocionou. “A torcida esteve demais. Apoiou o tempo todo e me ajudou a ter força para fazer meus exercícios. Sempre, antes de iniciar as apresentações, penso em fazer o melhor, mas dessa vez, pude sentir essa vibração que veio da arquibancada.”

Sasaki foi muito sincero ao admitir que não merecia a vitória. “Seria injusto se eu ganhasse de quem treinou direto, por quatro anos. Eu não tive o mesmo tempo que eles. Mas vou ter agora e vou fazer o m´paximo para brigarpor uma medalha na próxima. Acho que se tivesse treinado os quatro anos e não tivesse tido tantos problemas médicos, poderia estar brigando pelo segundo ou terceiro lugar. Não vou desistir, Não sou assim. Tenho muita vontade e um sonho que quero realizar. Ganhar uma medalha.”