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Marta quase vive dia de vilã e é salva por Bárbara, a protagonista da classificação do Brasil

Camisa 10 teve grande atuação, criou grandes oportunidades, mas perdeu o pênalti que quase eliminou a Seleção Brasileira dos Jogos Olímpicos em casa

postado em 13/08/2016 02:12 / atualizado em 13/08/2016 02:26

Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press

Marta teve atuação para ser lembrada no Mineirão. Se esperava dela as principais jogadas do time verde-amarelo. E a camisa 10 jogou muito, criou grandes oportunidades para a Seleção Brasileira e, mesmo extenuada, quase evitou que o jogo contra a Austrália fosse para a disputa de pênaltis. No entanto, a craque brasileira quase virou a vilã brasileira ao perder o último pênalti, deixando as rivais a um gol da classificação. A jogadora já chorava de tristeza quando viu Bárbara defender a cobrança de Katrina Gorry. As lágrimas mudaram de tom e passaram a ser de alegria. A festa ficou completa quando a camisa 1 do Brasil defendeu mais uma cobrança e levou o país para a semifinal, se tornando a protagonista da partida.

Marta comemorou muito. Correu pelo gramado do Mineirão. Afinal, ela quase ficou marcada por um revés que seria traumático e lembrado por muitos anos. Ao lado de suas companheiras, a camisa 10 deu volta olímpica no Gigante da Pampulha. Depois, com o estádio quase vazio, ainda de uniforme, atendeu aos fãs que esperavam por um autógrafo ou uma foto.

O primeiro tempo da camisa 10 brasileira foi bem discreto. Aplaudida pela torcida a cada toque na bola, ela não conseguiu se livrar da marcação das australianas. Nas arrancadas em velocidade, Marta era parada com falta. Os cruzamentos sempre paravam nas mãos da goleira Lydia Williams.

Quando Marta pegou na bola para bater o escanteio, torcedores que estavam perto enlouqueceram com a camisa 10. Na etapa inicial, as melhores jogadas da craque brasileira eram pelo lado esquerdo.

Na volta para o segundo tempo, Marta se posicionou pelo lado direito e atuou um pouco mais recuada, ajudando na marcação. Nas poucas vezes que recebia a bola com liberdade, mostrava a categoria diferenciada com toques rápidos e precisos.

Se nas jogadas coletivas o Brasil não conseguia chegar ao gol, Marta tentou resolver sozinha. Em uma arrancada do campo de defesa, deixou adversárias para trás e finalizou com muito perigo. Foi o último grande lance da camisa 10 no tempo normal.
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Extenuada, Marta tentava arrancar fôlego para ajudar a Seleção na prorrogação. No primeiro lance, deixou duas adversárias para trás e chutou fraco. A goleira quase engoliu um frango. Depois, tentou o drible dentro da área e caiu, exausta. A torcida pediu pênalti, enquanto a camisa 10 tentava, agachada, arrancar um último suspiro para continuar se doando em campo.

Nos minutos finais da prorrogação, ela arrancou, deixou a zagueira deitada e finalizou com perfeição, no cantinho. A goleira australiana fez milagre no Mineirão. Ela tentou, até o fim, mas não conseguiu tirar o zero do placar.

Depois de quatro cobranças de pênalti para cada lado, Marta partiu para a marca da cal. Concentrada, bateu no canto, mas a goleira pegou. A brasileira caiu no choro, e chorou mais ainda quando viu Bárbara pegar a cobrança de Katrina Gorry, que manteve o Brasil na disputa. No fim, vitória brasileira por 7 a 6 e classificação para a semifinal. Marta saiu correndo pelo estádio, chorando, comemorando a vitória brasileira.

Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press


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