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PARALIMPÍADA

Com 13 medalhas, nadador Clodoaldo Silva se prepara para brilhar em mais uma Paralimpíada

Aos 37 anos, potiguar é peça fundamental para Brasil manter bom desempenho

postado em 25/08/2016 11:00

Divulgação
Aos 37 anos, Clodoaldo Silva se prepara para brilhar em mais uma Paralimpíada. Detentor de 13 medalhas paralímpicas (seis ouros, cinco pratas e dois bronzes), o atleta do Rio Grande do Norte é inspiração para outros talentos que atualmente são seus companheiros nas piscinas, como Daniel Dias. Além disso, é peça fundamental para o Brasil manter um bom desempenho (foi sétimo em Londres’2012, com 43 pódios, sendo 21 ouros, 14 pratas e oito bronzes). O fato de a participação verde-amarela ter atingido na Rio’2016 sua melhor marca histórica, em 13º, com sete ouros, seis pratas e seis bronzes, é um estímulo extra para Clodoaldo.

Em preparação para, ao que tudo indica, sua última disputa no principal evento paralímpico do mundo, o competidor acredita que mais valioso do que uma medalha é estimular a prática de esportes para os brasileiros que têm de conviver com algum tipo de limitação física.

“O Daniel e outros atletas têm essa oportunidade e sempre quando falam citam o meu nome. Isso me deixa feliz, porque nem nos meus melhores sonhos imaginava ser ídolo de alguém, principalmente de grandes campeões que estão mudando o esporte paralímpico brasileiro. É algo que é maior do que uma medalha, por isso falei que nossa grande missão é justamente fazer com que outras pessoas possam se inspirar e começar a praticar esporte”, comentou.

O nadador sofre de paralisia cerebral, resultado da falta de oxigenação ocorrida durante seu parto. Tendo de conviver com sintomas que acabam retardando sua coordenação motora, ele encontrou no esporte uma forma de vencer o preconceito e outras adversidades. O que não poderia imaginar é que se tornaria uma das principais referências paralímpicas e chegaria ao Rio de Janeiro com a oportunidade de encerrar sua carreira competindo em casa. Apesar disso, ele garante que não aumentará o grau de exigência sobre si e sairá satisfeito mesmo que não conquiste nenhum pódio na capital fluminense.

“Sempre fui muito tranquilo. Não coloco pressão para ganhar medalha, sempre penso em fazer meu melhor tempo. Ao longo da minha carreira, mostrei que o Clodoaldo Silva não é exemplo só por ganhar medalhas. Não importa eu chegar em último ou em primeiro. Se eu olhar no placar e vir que estou melhorando minhas marcas, já sairei satisfeito. Se a torcida vê que você deu o seu máximo, ela vai respeitá-lo, independentemente do seu resultado. Vimos isso com Diego Hypolito, com o futebol feminino, que saiu ovacionado por todo lugar onde passou. Então, o Clodoaldo Silva vai chegar como sempre chegou, sabedor da responsabilidade que tenho, mas também para me divertir”, afirmou.

DOPING
Por fim, o nadador potiguar se posicionou sobre o escândalo de dopagem no esporte russo que acabou privando os atletas do país de participarem dos Jogos Paralímpicos do Rio. Clodoaldo crê que a decisão do Comitê Paralímpico Internacional foi correta e espera que sirva de exemplo para que a bandeira do jogo limpo esteja sempre à frente de manobras ilegais por rendimento.

“Não só a Rússia, mas qualquer outro país que agisse dessa forma merecia ser banido. Se você usa formas ilegais para chegar ao lugar mais alto do pódio, tem que ser banido. Nós treinamos, nos dedicamos, sacrificamos toda uma vida para ter o melhor desempenho de todos, aí vêm atletas e órgãos favorecendo o jogo sujo. Então, concordo com esse banimento. Pena que há muitos atletas que não se doparam, mas, infelizmente, a minoria vai pagar. Fica o aprendizado, a lição para que outros países não façam isso mais. Tenho certeza de que vai ser uma página histórica para que sempre o jogo limpo seja incentivado”, avaliou.
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