Toronto foi escolhida em 2009, superando Lima e Bogotá. A organização, desde então, foi marcada por controvérsias. O dossiê de candidatura previa investimento de R$ 3,5 bilhões, mas o custo total superou R$ 6,5 milhões, no Pan mais caro da história, superando o do Rio’2007 (R$ 4 bilhões). O governo canadense e a província de Ontário arcaram com 70% dos custos.
Das 32 instalações, 10 foram construídas e outras 15 bastante remodelados. O principal palco é o Parque Pan-Americano, às margens do Lago Ontário, onde serão disputadas 16 modalidades. Outra obra importante foi o Centro Aquático, que receberá as competições de natação, salto, nado sincronizado, esgrima e parte do pentatlo moderno, além de natação e vôlei no Parapan, que será realizado na sequência. A obra custou R$ 505,1 milhões. Só a Vila Pan-Americana saiu mais cara: R$ 1,7 bilhão.
Outro dos novos espaços é o estádio de futebol, construído em Hamilton, 60 quilômetros a sudoeste de Toronto, para 24 mil torcedores. Os 32 jogos dos torneios masculino e feminino serão no local. A cerimônia de abertura, hoje à noite, e a de encerramento, no dia 26, serão no Rogers Centre, para 53 mil pessoas, com teto retrátil. É a casa do Toronto Blue Jays, no beisebol, e do Toronto Argonauts, no futebol canadense (similar ao americano).
FORA DA CONTA
Toronto também passou por transformações. A exemplo de Londres, que aproveitou a Olimpíada para revitalizar todo o seu lado leste, a cidade canadense recuperou uma área industrial abandonada para construir a Vila Pan-Americana. Outro legado de destaque é o trem ligando o aeroporto Internacional ao Centro, depois de décadas sem sair do papel. Inaugurado em junho, ele vai atender cerca de 2,5 milhões de pessoas por ano, mas o custo de R$ 1,4 bilhão não entra na conta do Pan.
Mapa interativo de Toronto, com todas as praças esportivas dos Jogos: