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Investidores perdem liminar na Justiça, e Atlético vai receber parcela final da venda de meia

Percentual de Giovanni Augusto ainda é fruto de disputa entre clube e empresários

Thiago Madureira
Giovanni Augusto hoje defende o Corinthians - Foto: AFP PHOTO / PHOTOSPORT
A Justiça negou liminar aos investidores Roberto Mafra Vincentini e Marcos Trabulsi Ashcar que buscavam que o Corinthians depositasse em juízo a última parcela da compra do meia Giovanni Augusto junto ao AtléticoAinda corre, contudo, uma ação dos empresários contra o Galo desde dezembro do ano passadoEles pedem reconhecimento de parte dos direitos econômicos do atleta.

A informação foi adiantada pelo blog do Perrone, no UolO diretor jurídico do Atlético, Lásaro Candido da Cunha, explicou o processo“Eles tinham uma participação nos direitos firmado em contrato desde que a transferência ocorresse até maio de 2015Depois, houve o imbróglio em que o atleta tentou se desvincular do clube, e perdeu a ação trabalhistaMais à frente, fizemos um novo contrato com o jogadorPor isso, os empresários não possuem mais direitosSe a transferência ocorresse até aquela data acordada, eles receberiam por issoOs empresários promoveram uma medida cautelar, que foi negada, e agora perderam a liminar na Justiça também”, disse o diretor ao Superesportes.

O Corinthians pagou cerca de 4,5 milhões de euros por 50% dos direitos de Giovanni Augusto, além da liberação de AndréO valor referente à transferência do armador é de pouco mais de 3 milhões de euros
O Galo ainda possui metade dos direitos dele.

No início de 2015, Giovanni Augusto entrou na Justiça por rescisão indireta de contrato com o AtléticoA Justiça, contudo, deu ganho de causa ao GaloPoucas semanas depois, uma reviravoltaDe relegado, ele passou a figura importante no elencoGiovanni Augusto entrou no segundo tempo da decisão do Campeonato Mineiro contra a Caldense e participou da jogada do gol da viradaNo dia seguinte, ele foi inscrito na Copa Libertadores e, na terça-feira (05/05/2015), assinou um novo contrato com o Atlético.

Na ação, os investidores alegam que o Atlético teria a obrigação contratual de manter seus percentuais.

Em contato com a reportagem, o advogado do jogador, Fábio Cruz, comentou o processo“Os investidores entraram com uma ação em dezembro do ano passadoSomente na semana passada, a notificação chegou para o Giovanni AugustoÉ importante dizer que a partir do de maio de 2015, ficou proibida a participação de investidores em direitos econômicos de atletasE o Giovanni assinou um novo contrato após esta data
Mas, no que cabe ao Giovanni Augusto, ele não teve participação na venda”, afirmou.

Em decisão no fim de 2015, o Comitê Executivo da Fifa anunciou a proibição da participação de investidores em direitos econômicos de atletas a partir de contratos assinados no dia 1º de maio de 2015.

Giovanni Augusto é natural de Belém, no ParáEm 2008, o armador foi vendido do Paysandu ao Atlético por cerca de R$ 90 milEle subiu aos profissionais do Atlético em 2010.