A partida que concretizará a marca será realizada nesta quarta-feira, diante da Chapecoense. Robinho pisará mais uma vez no gramado do Independência, estádio em que marcou 17 dos 36 gols desde que voltou ao Brasil. Entretanto, ao contrário de 2016, a expectativa é de reafirmação do craque. Afinal, 2017 tem sido cheio de altos e baixos.
As grandes atuações da temporada de estreia, em que Robinho foi o artilheiro do futebol nacional com 25 gols, aumentaram a pressão e a expectativa para este ano. A seca de gols e assistências e a má fase do time, entretanto, complicaram a vida do camisa 7, que chegou a ficar seguidamente no banco de reservas sob o comando de Rogério Micale.
Esse contexto faz com que o futuro de Robinho seja incerto. O vínculo atual se encerra em dezembro. Consequentemente, o atacante já pode assinar pré-contrato com outros clubes. O Santos tem interesse em contar novamente com o futebol do jogador. O presidente Modesto Roma Júnior, entretanto, garante que não contatou a diretoria atleticana para tratar do assunto.
Propostas de renovação dependem da ação de Daniel Nepomuceno, que também é o responsável por eventuais negociações com Leonardo Silva e Rafael Moura, cujos contratos também estão no fim. A situação política do clube - que passará por eleições na primeira quinzena de dezembro - também pesa nas decisões para as próximas temporadas. Quando questionado sobre o assunto, Robinho desconversa.
“Eu vivo um dia após o outro. Especulações acontecem por parte da imprensa. Meu foco está aqui no Atlético. Vou procurar terminar o ano bem, jogando bem, com o máximo de gols possível. E se possível com o Atlético lá em cima, com uma vaga na Libertadores, que é o mais importante”, disse, em entrevista na última semana.
O desempenho
As boas atuações do início da temporada continuaram no restante do ano, especialmente nas campanhas do vice da Copa do Brasil e do quarto lugar do Campeonato Brasileiro. Em 2016, foram impressionantes 55 jogos disputados. Tudo isso aos 32 anos.
O rendimento físico - ao menos em termos de partidas disputadas - se manteve alto na temporada 2017: são 44 partidas no ano. O problema, entretanto, é que o desempenho técnico caiu bruscamente.
São apenas nove gols marcados - média de 0,2 por jogo, número bem inferior aos 0,44 alcançados em 2016. O nível irregular de atuações fez com que Robinho começasse a ser questionador por parte da torcida do Atlético e fosse relegado ao banco de reservas do time comandado por Rogério Micale.
A chegada de Oswaldo de Oliveira, entretanto, pode representar novos rumos para o atacante. De volta à titularidade, Robinho, que estava há 23 partidas sem balançar as redes, marcou os dois gols da vitória sobre o Atlético-PR na estreia do experiente treinador. Teve rendimento ruim contra o Londrina, na Primeira Liga, mas voltou a jogar bem diante do São Paulo, pela Série A.
Cumpriu suspensão diante do Sport, nesse domingo, e retornará ao time contra a Chapecoense. Escalado na ponta esquerda na maior parte da temporada anterior, Robinho alterna entre o meio e o flanco sob o comando de Oswaldo.
Números
Jogos: 99 (45 vitórias, 27 empates e 27 derrotas)
Jogos como titular: 79
Jogos como reserva utilizado: 20
Gols: 34
Assistências: 17
Cartões amarelos: 11
Cartões vermelhos: Nenhum
Minutos em campo: 6.723
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