Enquanto os jogadores curtem a segunda semana de férias, o Atlético poderá ter seus dias mais agitados de 2017 nos bastidores. Com a provável eleição de Sergio Sette Câmara nesta segunda-feira para a administração do clube no próximo triênio, a tendência é de que a situação do atacante Robinho finalmente tenha um desfecho. A novela envolvendo o jogador é o maior entrave para que o alvinegro monte parte de seu planejamento para o ano que vem. Se a primeira proposta de renovação foi recusada pelo atleta, o Galo vai rever sua política de gastos para apresentar uma oferta melhor e estender o compromisso por pelo menos mais um ano.
A expectativa é de que a questão seja solucionada até o fim da semana. Com a redução do orçamento de R$ 316 milhões para R$ 296 milhões no ano que vem, a diretoria quer justamente enxugar os gastos, cortando salários mais altos. Por isso, a ideia seria apresentar uma proposta ao camisa 7 que não fuja da realidade financeira atleticana. A diretoria espera aumentar a oferta de cerca de R$ 400 mil mensais, que inicialmente não foi aceita pelo atleta e seu staff.
Robinho curte férias com a família em Orlando, nos Estados Unidos, e só voltará ao Brasil para as festas de fim de ano. A pessoas próximas ele teria manifestado o desejo de continuar na capital mineira, uma vez que os filhos se adaptaram bem à escola e à cidade.
Embora tenha o desejo de permanecer no Atlético, ele vai ouvir a proposta de outros clubes, entre eles o Santos, pelo qual foi revelado e que demonstrou interesse em seu retorno.
A conquista da vaga na Libertadores ou não também pode interferir na permanência do camisa 7 em Minas. Para ir à competição, o Galo torce para que o Flamengo conquiste a Copa Sul-Americana, o que abriria vaga para a equipe, nona colocada no Brasileiro. Caso a classificação não venha, a diretoria vai repensar o planejamento, descartando a manutenção do jogador.
Em 2016, a vinda do Rei das Pedaladas só foi possível graças à parceria feita com a DryWorld, desfeita depois de a empresa não honrar com os aportes financeiros previstos. Com o rompimento, o Atlético assumiu integralmente os salários do atacante, que atualmente giram em torno de R$ 800 mil mensais e representam exatamente 10% do que o clube espera ter como folha na temporada seguinte.
BOAS ATUAÇÕES O atleta de 33 anos recentemente completou 100 jogos pelo Galo e, a exemplo de Fred, conseguiu se livrar de longo jejum de gols no Campeonato Brasileiro e voltar às boas atuações depois da chegada do técnico Oswaldo de Oliveira – ele balançou as redes 38 vezes com a camisa alvinegra, sendo 13 em 2017. Artilheiro do Brasil no ano passado, com 25 gols, perdeu a posição para Cazares no meio do ano e ficou vários jogos no banco de reservas com Rogério Micale.
A permanência de Oswaldo seria um fator positivo para a continuidade do jogador, já que ambos têm relação muito boa e são amigos fora do ambiente do futebol. Outro trunfo para o alvinegro convencê-lo a ficar é a boa relação com os dirigentes, que conseguiram manter os salários de Robinho mesmo em meio a dificuldades financeiras..